Ê Rosário, ê minha vida: devoção congadeira e ultramontanismo na terra de Nossa Senhora

Autores

  • Sueli do Carmo Oliveira

Palavras-chave:

Rosário, Catolicismo devocional, Ultramontanismo, Congado

Resumo

A devoção mariana é um das marcas de Minas Gerais e se constitui como uma das principais dimensões teológicas do catolicismo popular. A vitalidade da devoção a Maria no estado de Minas Gerais levou Augusto de Lima Júnior a denominá-lo terra de Nossa Senhora. A devoção a Nossa Senhora do Rosário se estruturou durante o período colonial no interior das chamadas “irmandades de homens de cor”, que tiveram presença marcante em Minas Gerais. Gestou-se nessas irmandades um tipo peculiar de catolicismo e de práticas rituais ligadas à devoção do rosário. Esse catolicismo regado a batuques e danças foi alvo de proibições episcopais nas primeiras metades do século XX durante a implementação no ultramontanismo no Brasil. No entanto, nesse mesmo período em que tais ações proibitivas estavam sendo empreendidas pelo episcopado, o Rosário era uma das devoções tridentinas que os bispos viam-se compelidos a incentivar. Será nessa contextura que buscaremos mapear a estruturação do culto a Nossa Senhora do Rosário em Minas Gerais.

Biografia do Autor

Sueli do Carmo Oliveira

historiadora. Graduada (2008) em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e mestranda em Ciências da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

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