Religiosidade: entre negociação e conflito. Pentecostais, católicos e adeptos de religiões afro-brasileiras em Ilhabela e Ubatuba.

Autores

  • Márcia Merlo

Palavras-chave:

religião e conflito

Resumo

Este artigo aborda questões referentes à religiosidade, identidade, imaginário e relações raciais em Ilhabela e Ubatuba. Enfoco a negociação e o conflito ao retratar a convivência, nem sempre pacífica, de pentecostais, católicos, adeptos de religiões afrobrasileiras e daqueles que se empenham hoje no resgate de algumas tradições religiosas e culturais como forma de pertencimento, dando a essa questão um enfoque político e ideológico, ainda mais quando o que se almeja é a possibilidade de reconhecimento e legitimidade de territórios quilombolas, em que o apelo à memória transforma-se em inclusão e resistência. Aqui, a religião e a religiosidade parecem ser um elemento de identidade e estão intimamente ligadas a etnicidade do grupo. Nesse sentido, também, evidencia-se uma discriminação religiosa sofrida pelos seguidores, principalmente, das religiões afro-brasileiras e dos que permanecem na criação e recriação de tradições em torno do catolicismo popular daqueles que se tornaram neopentecostais.

Biografia do Autor

Márcia Merlo

Doutora em Ciências Sociais - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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