Este artigo enfoca a adaptação estratégica do discurso e da memória do movimento leigo budista japonês Soka Gakkai Internacional (SGI) ao longo de seu processo de legitimação e acomodação. Considerando-se que a SGI vem reescrevendo sua história após o cisma com a seita Nichiren Shoshu em 1991, privilegia-se duas obras de Daisaku Ikeda (“Revolução Humana” e “Nova Revolução Humana”) para se discutir a construção da memória e da identidade religiosa inspirando-se na idéia de “invenção de tradições” .