Revista do Núcleo de Estudos de Religião e Sociedade (NURES)

Editorial

Eliane Hojaij Gouveia, Leila Marrach Basto de Albuquerque — sex, 16 ago 2019 00:00:00 -0300

CAMINHOS DA TRANSCENDÊNCIA NAS EXPERIÊNCIAS RELIGIOSAS

Prof. Dr. Pe. Antônio S. Bogaz, Prof. Dr. João Henrique Hansen — sex, 16 ago 2019 00:00:00 -0300

Este ensaio trata da experiência da transcendência no âmbito do sagrado, destaca a riqueza das suas manifestações e das suas expressões nos planos temporal e espiritual bem como sua exteriorização como rito e como espetáculo.

As práticas curativas de Alvar Nuñez Cabeza de Vaca e o habitus no campo simbólico da saúde

Jorge Barrientos- Parra, Rodolfo Franco Puttini — sex, 16 ago 2019 00:00:00 -0300

Diante da forte tendência em apresentar Cabeza de Vaca como um guerreiro conquistador na época das descobertas ultramarinas, afirmamos tratar-se de uma oportunidade para aumentar nossa compreensão sobre o campo simbólico da saúde, ao trazer para discussão as suas práticas curativas pela fé. A medicina e as práticas médicas atuais estão destinadas a trocar bens simbólicos híbridos (cura pela fé, biociência e biotecnologia) no nível intercultural do habitus latino-americano da saúde? Diante a quarta revolução industrial de hegemonia da produção biotecnológica da vida e depois de destacar o episódio transcendente das curas em meio ao jugo dos índios norte-americanos discorremos em que medida as práticas curativas de Cabeza de Vaca nos auxiliam na atualidade do século XXI a pensar a circulação dos bens simbólicos da saúde.

Tolerância e intolerância sob a perspectiva espírita kardecista

Sebastião Antunes Ribeiro Filho — sex, 16 ago 2019 00:00:00 -0300

O que este artigo traz é a verificação da existência de tolerância e de intolerância em centros espíritas kardecistas da cidade de São Paulo. O recorte da pesquisa foi realizado em três centros espíritas localizados na zona sul da cidade e filiados à Aliança Espírita Evangélica, instituição coordenadora e orientadora de centros espíritas. Em princípio, a expectativa era de verificar essas tolerâncias e intolerâncias dos frequentadores em relação a outras religiões, mas o resultado expressivo da pesquisa mostrou outra realidade. Ainda que seja perceptível ambas as situações que se buscava, o que mais vicejou, de maneira recorrente, foi o preconceito entre os colaboradores, nas atividades espirituais. Vários foram os motivos apresentados pelos entrevistados, notadamente com relação às posturas disciplinares dos companheiros de trabalho e às manifestações de discriminação contra o uso de símbolos e da participação de representantes espirituais de outras religiões de transe e possessão, notadamente as de raiz africana. Se o preconceito é a situação que opera como precursora da intolerância, essas situações, muitas vezes se apresentaram já instaladas no decorrer das sessões espíritas. Inerentes ao ser humano, tolerância e intolerância, não se contrapõem, mas se imbricam, fazendo-se presentes nos locais objetos da pesquisa. Cabe, entretanto, aos espíritas kardecistas verificarem quais demandas devem ser utilizadas para harmonizar essas situações.

Mulheres Ucranianas e a Religião na cidade de Prudentópolis (PR) – Identidade e cultura

Sandra Mara Tenchena — sex, 16 ago 2019 00:00:00 -0300

Os ucranianos, importante grupo de imigrantes que rumou para o Paraná como trabalhadores livres no início do século XX, construíram atividades importantes para a vida cultural da região e para a economia local. Em Prudentópolis, dentre os grupos que respeitam a tradição, nota-se uma relação assimétrica de gênero em que os espaços reservados ao homem e à mulher são bem definidos e hierarquizados, bem como as relações familiares são marcadas pelo estilo da família Patriarcal. Tendo em vista esses pressupostos, esse artigo teve como objetivo principal compreender o papel da mulher ucraína no cumprimento de suas funções e o seu desenvolvimento no decorrer dos tempos e a influência das irmãs ucranianas que atuam no colégio Ucraniano Imaculada Virgem Maria tradicional na região, pois todas as minhas entrevistadas estudaram no colégio ucraniano em Prudentópolis. Portanto, recorri ao exercício da pesquisa sistemática pela participação observante de ritos e costumes tão familiares, com o intuito de recuperar os costumes tradicionais, com vistas a produzir, inicialmente, uma etnografia que evidenciasse, as mudanças pelas quais o feminino ucraniano passou ao longo do tempo.

A natureza e o homem. Reflexões sobre o processo de desertificação do bioma Caatinga ao sul do Ceará e sua relação com aquele que ali vive: o sertanejo

Maria Thereza Lemos de Arruda Camargo — sex, 16 ago 2019 00:00:00 -0300

O presente artigo compreende reflexões sobre o avançado processo de desertificação da porção do bioma Caatinga, ao sul do Ceará, em sua relação com o sertanejo, o homem da terra Partimos, porém, como paradigma para nossas reflexões, o já aventado por estudiosos voltados à ideia da degradação ambiental, sobretudo no Ocidente, estar atrelada à dessacralização da natureza, herança da tradição judaico-cristã, legada ao Cristianismo. Sob esse viés, procuramos refletir sobre o sertanejo, enquanto figura central naquele cenário de caatinga, domínios de Padre Cícero , considerando a religiosidade inerente à alma daquele que ali vive, sempre irmanado com a natureza que o cerca. Essa Caatinga, bioma único no mundo, guardando, entre outros valores, uma flora representada por espécies medicinais da maior importância para as Ciências Farmacêuticas, já em avançados estudos, fator este primordial para a preservação daquele bioma.

Sumário

Sumário Sumário — sex, 16 ago 2019 00:00:00 -0300

Resenha da Obra Vida Esperança e Justiça: um testamento teológico para a América Latina de MOLTMANN, J.

Ângela Maringoli — sex, 16 ago 2019 00:00:00 -0300

A Obra Vida Esperança e Justiça: um testamento teológico para a América Latina de Jürgen Moltmann, originou de uma coletânea de estudos e reflexões que o autor trouxe em sua participação na Conferência da Semana dos Estudos Religiosos, em 2008 na Universidade Metodista de São Paulo. Os temas foram organizados e editados pela Editeo que fica em São Bernardo do Campo. Para a tradução dos manuscritos e elaboração da obra, contou-se com a ajuda e participação dos teólogos e professores Harold Reimeir e Levi Costa Bastos.