Uma cartografia da malandragem em João Antônio
Palavras-chave:
João Antônio, Cartografia, Malandragem, LiteraturaResumo
Abraçado ao seu rancor, o escritor paulistano João Antônio soube como ninguém ouvir o grito surdo dos que vivem à margem ou dos que souberam fazer da margem um (seu) êthos. Catando a poesia dessa errática estética da existência que transgride os valores da "classe mé(r)dia", Antônio nos apresenta uma experiência de mundo peculiar por meio da estética bruta e brutal de seus contos. Bruta, sem floreios, preocupada em captar a essência dessa vida malandra em sua forma mais primitiva: os dizeres e fazeres da malandragem paulistana. Brutal, pois não concede clemência aos anseios e estimas dos abastados ou daqueles que desejam acender socialmente. Sem propor uma dialética ou qualquer forma de reconciliação final, a malandragem em João Antônio existe em sua total positividade. Afirmação que se dá no jogo do viver, na sinuca e nas apostas inerentes ao jogo e manifesta na cartografia realizada pelo autor.
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Cedo à revista Paralaxe os direitos autorais de publicação de meu artigo e consultarei o editor científico da revista caso queira republicá-lo depois em livro.