Uma cartografia da malandragem em João Antônio

Autores

  • Christian Fernando Ribeiro Guimarães Vinci Faculdade de Educação - Universidade de São Paulo (FE-USP)

Palavras-chave:

João Antônio, Cartografia, Malandragem, Literatura

Resumo

Abraçado ao seu rancor, o escritor paulistano João Antônio soube como ninguém ouvir o grito surdo dos que vivem à margem ou dos que souberam fazer da margem um (seu) êthos. Catando a poesia dessa errática estética da existência que transgride os valores da "classe mé(r)dia", Antônio nos apresenta uma experiência de mundo peculiar por meio da estética bruta e brutal de seus contos. Bruta, sem floreios, preocupada em captar a essência dessa vida malandra em sua forma mais primitiva: os dizeres e fazeres da malandragem paulistana. Brutal, pois não concede clemência aos anseios e estimas dos abastados ou daqueles que desejam acender socialmente. Sem propor uma dialética ou qualquer forma de reconciliação final, a malandragem em João Antônio existe em sua total positividade. Afirmação que se dá no jogo do viver, na sinuca e nas apostas inerentes ao jogo e manifesta na cartografia realizada pelo autor.

Biografia do Autor

Christian Fernando Ribeiro Guimarães Vinci, Faculdade de Educação - Universidade de São Paulo (FE-USP)

Mestrando pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP) e bolsista FAPESP.

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Publicado

2015-04-14

Como Citar

Vinci, C. F. R. G. (2015). Uma cartografia da malandragem em João Antônio. PARALAXE, 3(1), 2–16. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/paralaxe/article/view/19554

Edição

Seção

Artigos