Quixote e a Fome: ensaio sobre o trágico em Unamuno

Autores

  • Gustavo Racy

Resumo

Há uma teoria, oriunda da doutrina de Schopenhauer e Kierkeggard, que diz que o estatuto ontológico do homem é trágico, pois nasce com a experiência da finitude e conseqüente busca pela compreensão da vida. Isso implica dizer que a relação entre vida e morte é que compõe este estatuto. Para Unamuno, pai desta teoria e filósofo pouco conhecido entre nós, só é possível compreender o homem a partir da antítese concreta composta por vida e morte. Se nascemos e logo experienciamos a finitude, então vivemos desde o começo uma agonia de existir, causada pela busca racional do sentido da existência. Esse sentido, entretanto, é puramente contrarracional, uma vez que a única certeza racional que temos – a morte – não pode ser explicada racionalmente. Assim sendo, o filósofo espanhol se embrenha pelos caminhos da reflexão que possam levar a apontamentos sobre a vida e sobre questões, segundo ele, fundamentais. Este artigo tem como objetivo identificar e debater alguns destes caminhos, que vão desde a ontologia à filosofia da religião e daí à ética e à estética.

Palavras-chave: Unamuno, Estética, Quixote, Tragédia.

Downloads

Como Citar

Racy, G. (2013). Quixote e a Fome: ensaio sobre o trágico em Unamuno. PARALAXE, 1(1), 28–39. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/paralaxe/article/view/31101

Edição

Seção

Artigos