Sade: a censura no século XVIII; a censura hoje

Autores

  • Guilherme Diniz FDUSP

Palavras-chave:

Marquês de Sade, Censura, Queermuseu, Arte Erótica, Pornografia

Resumo

Parece que a obra do Marquês de Sade passou a integrar o cânone da arte erótica ocidental. Prova disso seria a exposição Attaquer le Soleil, organizada em 2014 no Musée D’Orsay. Se é verdade que existem semelhanças entre funcionamentos da obra sadeana e figurações da sexualidade contemporâneas, por outro lado existem condições bastante semelhantes de censura àquelas da França do séc. XVIII. Foi o caso da exposição Queermuseu. Várias das acusações lançadas contra a exposição parecem mais pertinentes quando apostas à obra de Sade. A acusação que cruza séculos e continentes merece ser indagada: o que é que em certa moralidade – que informa nossas práticas jurídico-políticas – não consegue conviver com a arte e o corpo? Sade não é de todo assimilável, nem pelos cânones estéticos, nem pela moralidade que os sustenta. Antes, ele nos fornece uma chave crítica para interpretarmos a censura à arte erótica no séc. XVIII e hoje.

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Publicado

2018-12-06

Como Citar

Diniz, G. (2018). Sade: a censura no século XVIII; a censura hoje. PARALAXE, 5, 116–134. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/paralaxe/article/view/40549

Edição

Seção

Artigos