Da antropofagia Tupinambá à gambiarra: processos de incorporação

Autores

  • Maria Lopes PUC-SP

Palavras-chave:

Incorporação, Mestiçagem, Gambiarra, Antropofagia, Cultura

Resumo

O presente trabalho reflete sobre a gambiarra enquanto prática cultural, enquadrada também como marginal. A noção de gambiarra utilizada se acerca da proposta feita pelo crítico de arte Moacir dos Anjos, e é articulada aos conceitos de mestiçagem e incorporação. A gambiarra é também compreendida de acordo com o uso corriqueiro da palavra - os inúmeros improvisos no dia-a-dia -, que envolve objetos e materiais deslocados/transformados de seus usos e funções originais; remete tanto à atitude quanto à coisa improvisada. A noção de mestiçagem segue a visão de Amálio Pinheiro, que aponta para os elementos da cultura que coexistem enquanto mescla. Para compreendê-la, utiliza-se a definição de incorporação elaborada por Viveiros de Castro a partir dos rituais antropofágicos dos Tupinambás no século XVI, bem como a noção de antropofagia de Oswald de Andrade. A partir desse aparato teórico são tecidas relações que se voltam às tendências aglutinantes presentes na gambiarra.

Downloads

Publicado

2018-12-06

Como Citar

Lopes, M. (2018). Da antropofagia Tupinambá à gambiarra: processos de incorporação. PARALAXE, 5, 209–217. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/paralaxe/article/view/40556

Edição

Seção

Artigos