Alegoria contemporânea

O parasita como representação do real

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2318-9215.2023v9n1D3

Palavras-chave:

Alegoria, Representação, Cinema, Sociedade

Resumo

Metáforas animalescas do ser humano não são discursos inéditos, pelo contrário, fábulas, contos, lendas urbanas e demais expressões culturais espalhadas ao redor do mundo, já apresentavam o hibridismo do corpo – metade pessoa, metade animal e/ou vegetal. Na grande maioria destas narrativas, a fusão entre seres carrega um teor de vilania e/ou de punição, consequências do “mal” provocado pela criatura agora bestial. As características animalescas, então, passam a explicar os comportamentos e relações sociais do ser modificado. É neste contexto que o presente material propõe abordar a produção sul-coreana Parasita (2019), explorando as simbologias por detrás da escolha do bicho da obra, investigando a atuação do sistema como uma espécie de estufa que estimula este metamorfismo. Os embasamentos teóricos são, principalmente, os estudos de Han (2019), sobre os efeitos do neoliberalismo na sociedade (do cansaço), Hall (2010), sobre o conceito de representação, de Xavier nas discussões sobre cinema, entre outros autores.

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Filmografia

PARASITA (Brasil: 2019). Direção: Bong Joon-ho. Roteiro: Bong Joon-ho e Han Jinwon. Alpha Filmes, 132 min

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Publicado

2024-07-28 — Atualizado em 2024-07-29

Versões

Como Citar

Martins Yoshioka, N. (2024). Alegoria contemporânea: O parasita como representação do real . PARALAXE, 9(1). https://doi.org/10.23925/2318-9215.2023v9n1D3 (Original work published 28º de julho de 2024)