A Mulher encarcerada: estigma e justiça

Autores

  • Dora Nogueira Porto Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Ida Raichtaler do Valle Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/1982-4807.2018i24p113-127

Palavras-chave:

Mulher encarcerada, Desigualdade, Conflitos Sociais, Violência, Direitos Humanos

Resumo

Os conflitos sociais gerados na questão da desigualdade da sociedade brasileira vão aparecer de forma ampliada se o foco for a mulher encarcerada. O Estado para traçar qualquer política pública adequada precisa de dados fidedignos desta área. Bauman chama atenção para o crescimento do “mundo dos excluídos”. Isto é mais grave quando se trata do problema do gênero. A igualdade de sexo envolve modificações muito lentas e que dependem de transformações profundas que implicam em modificações que atingem elementos culturais. Muitas das mulheres estão relacionadas ao tráfico de drogas de forma indireta – presas ao tentar levar para seus companheiros encarcerados a droga ou vinculadas a pequenos roubos relacionados a sobrevivência familiar. O estigma desta mulher que veio a ser presa é violento pois uma vez no presídio elas são abandonadas e esquecidas pelos seus respectivos familiares. Aquelas que são presas e estão gravidas e porventura venham dar luz enquanto cumprem sua pena correm o e risco de não voltar a ver os seus bebês. Engels nos diz que a desigualdade de sexo foi o primeiro antagonismo de classe presente na relação homem-mulher. A sociedade atual está fundada sobre a injustiça distributiva e carregada de estigmas entre os quais se encontra o da mulher. A violência urbana referida ao gênero atinge as mulheres brasileiras em geral é desproporcional às mais pobres que acaba envolvidas com questões de drogas e do crime além da violência doméstica e da violência das ruas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Dora Nogueira Porto, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Professora Doutora nas áreas de Sociologia Geral e Jurídica da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Ida Raichtaler do Valle, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Professora Assistente Mestre nas áreas de Sociologia Geral e Jurídica da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo do Departamento de Teoria Geral do Direito 

Downloads

Publicado

2019-02-07

Como Citar

Nogueira Porto, D., & Raichtaler do Valle, I. (2019). A Mulher encarcerada: estigma e justiça. Ponto-E-Vírgula, (24), 113–127. https://doi.org/10.23925/1982-4807.2018i24p113-127

Edição

Seção

Artigos