A ética da contingência e a implicação da psicanálise no laço social

Autores

  • Fábio Santos Bispo Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Resumo

Este artigo relaciona a lógica da ética da psicanálise, a partir da noção de contingência, com sua implicação no laço social. Levantamos questões relativas às possibilidades de uma orientação lacaniana da prática do psicanalista nos espaços sociais, tendo em vista a sustentação de uma experiência ética, para além de uma simples aplicação técnica de um saber esclarecido. A noção de implicação evocada no lugar da noção de aplicação indica a vertente lógica que o discurso da psicanálise formaliza para demarcar a possibilidade de provocar efeitos nos outros discursos com os quais se relaciona. Justamente por ser impossível obter garantias antecipadas a respeito da prática, a orientação do analista a partir de uma lógica da contingência torna-se uma condição fundamental para que uma ética que leve em conta a singularidade do desejo seja sustentada nos espaços coletivos. Abrem-se assim possibilidades pontuais de subversão da lógica de dominação inerente ao laço social.

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Biografia do Autor

Fábio Santos Bispo, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Psicólogo da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (EJEF) do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Texto elaborado a partir de palestra proferida no Seminário de abertura do Curso de Atualização "Psicanálise e Laço Social: Violência e Criminalidade", do Departamento de Psicologia da UFMG.

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Publicado

2014-07-30

Como Citar

Bispo, F. S. (2014). A ética da contingência e a implicação da psicanálise no laço social. Psicologia Revista, 23(1), 75–95. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/20215

Edição

Seção

Artigos Teóricos