Propriedade para Investimento: Impacto na Avaliação do Risco das Ações das Empresas do Segmento de Exploração de Imóveis Listadas na B3, quando da adoção do CPC 28

Autores

  • Mauricio Ferreira de Souza Mestrando em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC/SP.
  • Sérgio Ricardo Ramos Bueno Mestrando em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC/SP
  • Alexandre Gonzales Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Fipecafi

DOI:

https://doi.org/10.23925/2446-9513.2017v4i2p79-96

Palavras-chave:

beta, propriedades para investimentos, CPC 28, exploração de imóveis, mercado de capitais brasileiro

Resumo

Este trabalho investigou se as ações das empresas do segmento de exploração de imóveis, negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), e que adotaram o método de valor justo na avaliação das propriedades para investimento com reflexo no resultado, em relação as demais empresas que não adotam o mesmo método, tiveram impactos estaticamente relevantes no seu risco e o retorno após oito anos de divulgações com a adoção do CPC 28.  Escolhas de métodos e o nível de divulgação nas demonstrações contábeis podem influenciar o risco e o custo do capital para as empresas negociadas no mercado brasileiro. O estudo compreendeu o exame dos dados de 9 empresas listadas B3 dentro do segmento ao longo do período de 31 de dezembro 2013 a 30 de junho de 2017. Com base nos dados pesquisados, a conclusão que se chegou é que no mercado brasileiro a decisão do método de avaliação das propriedades para investimento não afeta o risco e retorno das empresas.Apesar da relevância dos impactos sobre os ajustes gerados pela apuração do valor justo dos imóveis, observada nas empresas que adotaram o método de valor justo, o mercado de capitais brasileiro se demonstrou eficiente, a partir da neutralização dos seus efeitos nas avaliações realizadas ao longo do período analisado. Após 10 anos do início do processo de convergência das normas contábeis brasileiras com as normas internacionais, o estudo indicou haver uma maior familiaridade com as normas editadas pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis e aprovadas pelos órgãos reguladores, considerando que o mercado de capitais brasileiro é concentrado e formado, principalmente, por investidores qualificados e bastante diferente dos mercados europeus e norte-americanos. Esta questão requer uma investigação mais detalhada e sugere-se para pesquisas futuras a seleção de outras variáveis representativas dos fatores selecionados que podem determinar os potenciais impactos das escolhas contábeis, além da comparação entre segmentos ou setores econômicos.

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Publicado

2018-01-16

Como Citar

Souza, M. F. de, Bueno, S. R. R., & Gonzales, A. (2018). Propriedade para Investimento: Impacto na Avaliação do Risco das Ações das Empresas do Segmento de Exploração de Imóveis Listadas na B3, quando da adoção do CPC 28. Redeca, Revista Eletrônica Do Departamento De Ciências Contábeis &Amp; Departamento De Atuária E Métodos Quantitativos, 4(2), 79–96. https://doi.org/10.23925/2446-9513.2017v4i2p79-96

Edição

Seção

Artigos

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