DIÁLOGO, ENTENDIMENTO E COMPREENSÃO. CONFERÊNCIA DE APARECIDA E O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO

Prof. Dr. Pedro K. Iwashita CSSp.

 

RESUMO

Este artigo analisa a situação de diversidade de religiões em que o mundo se encontra hoje, e o caminho que a Igreja encontrou para o diálogo, a partir do impulso dado pelo Vaticano II, e agora assumido também pela V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida.

Palavras-chave: diálogo inter-religioso, missão, religião, salvação, teologia das religiões.

 

ABSTRACT

This article analyze the situation of diversity of religions in the world and the way, which the Church has found through the impulse given by Vatican II to promote the dialogue between religions, and now assumed also by the V Conference of Aparecida.

Key words: Inter-religious dialogue, mission, religion, salvation, theology of religions.

 

A Conferência de Aparecida aconteceu no contexto de uma sociedade que se torna cada vez mais multi-cultural e multi-religiosa, e isso não somente na América Latina, mas também no mundo, que é o espaço para o qual a missão ad gentes é convocada.
É um pluralismo cultural e religioso que se impõe de uma forma muito clara e indiscutível, mostrada através dos meios de comunicação, que destacam também os conflitos que existem entre culturas, etnias e religiões. Na América Latina há uma pluralidade de tradições indígenas, afro-americanas e européias, o que significa que somos povos de muitas etnias, culturas e religiões[1].

Tal fato foi assinalado pelo V Conferência de Aparecida, desde os rascunhos iniciais do Documento, que assinalavam, que o "contexto de pluralismo religioso" tem conduzido a uma crise de identidade cristã, impondo-se como urgente a vivência de uma fé mais consciente e vivida, o que significa que, quanto mais pluralismo religioso, mais necessário é viver conscientemente a fé cristã. O pluralismo cultural e religioso foi visto como provocador da necessidade de opções pessoais.[2].

1. O pluralismo religioso na América Latina

No aprofundamento da reflexão sobre o pluralismo religioso na América Latina, os bispos distinguiram a diversidade dos que crêem e pertencem a outras Igrejas, e a dificuldade do diálogo ecumênico com todos os grupos. Nisso ajunta-se a dificuldade do diálogo com a cultura, especialmente com a cultura do jovem, devido a mudança do tipo de linguagem usada na pós-modernidade, marcada por amplo pluralismo social e cultural, o que dificulta a transmissão da fé pela família, pela sociedade, e pela Igreja, que para isso deveria estar participando na produção da cultura no mundo universitário e da mídia. Contudo na evolução da reflexão em vista da V Conferência, o pluralismo passou a ser visto não somente como desafio, mas também como possibilidade nova de inculturação da fé da Igreja, que pode ser enriquecida com novas expressões e valores, e o mistério de Cristo expresso e celebrado cada vez melhor, possibilitando à fé tornar-se mais próxima à vida, mais "católica", não só geograficamente, mas também culturalmente. O pluralismo é um fenômeno que revela as muitas e sucessivas mudanças produzidas pelo avanço dos conhecimentos humanos e descobertas científicas e tecnológicas. Porém é preciso ter capacidade crítica diante de tanta oferta; é preciso ter critérios de escolha, porque diante de tanta oferta cultural e religiosa, o cristão deve assumir a responsabilidade de construir sua personalidade e plasmar sua identidade social, pois é preciso também estar consciente da tensão existente no pluralismo cultural e religioso, de um lado a emergência da valorização do sujeito, da liberdade, da dignidade e consciência pessoal, de outro lado, a cultura globalizada, que pode vir transvestida de individualismo, que em vez de reconhecer a dignidade inalienável da pessoal humana, pode erigi-la como realidade absoluta em detrimento da ética e da relação humana, especialmente gerando a crise da família.[3].

O pluralismo cultural e religioso sempre existiu, "no entanto, há uma novidade no pluralismo que se inicia nos tempos modernos. E é ela que desafia fortemente a fé cristã. A cultura manifesta a capacidade do ser humano de tomar distância da natureza própria e circundante e dar-lhe significado, modificá-la. O animal com fome busca comida. O ser humano com fome inventa a refeição. Comer é natural, fazer uma refeição natural-cultural. Aí está a diferença. A cultura é, portanto, o universo de símbolos, significados, representações, imaginações, instituições que o ser humano cria para a dupla finalidade de desenvolver-se pessoalmente e viver socialmente com outros"[4].

A pluralidade religiosa e cultural no passado não produzia o mesmo efeito no como produz hoje, efeito de divisão, de dilaceramento pessoal, de crise interna e de ruptura. A pluralidade religiosa hoje põe em crise aquela fé tranqüila ao lado de outras, porque estava inteira na Igreja ou na religião em que se vivia. Agora o fiel é questionado na sua fé, fica atraído a experimentar ou a mudar de religião, de experimentar coisas novas, porque as propostas são muitas, e sente liberdade para fazê-la.

Diante dessa situação a V Conferência não apostou na fé cristã, como se o cristão vivesse sob um único olhar cultural cristão. Ela apostou em um novo caminho, ou seja, o de fazer uma experiência pessoal do encontro com Cristo. É preciso fazer uma experiência do encontro com Cristo. É desse encontro que deve resultar a convicção firme de segui-lo, de ser discípulo e de anunciá-lo aos outros. É nessa proposta que a Igreja deve investir, para fazer frente ao grande desafio do novo milênio, que é a de continuar anunciando o Cristo no contexto da multiplicidade religiosa, donde a importância, que a V Conferência de Aparecida deu ao diálogo inter-religioso, como parte da ação evangelizadora da Igreja. E aqui seria importante ver os passos que a Igreja tem dado desde o Concílio Vaticano II, na promoção do diálogo inter-religioso como parte integrante da missão da Igreja.

2. O diálogo inter-religioso.

A reflexão cristã sobre o diálogo inter-religioso nas últimas décadas tem aberto novas vias, permitindo igualmente a redescoberta e uma releitura de certas abordagens teológicas desconhecidas, e até mesmo estranhas à história do pensamento cristão. Esta reflexão, nova e renovada, está intimamente ligada à tomada de consciência da pluralidade religiosa e cultural; a coexistência de religiões não é mais uma particularidade de certas regiões do mundo, e o diálogo se impõe por essa realidade.[5]

De um lado o diálogo se inscreve nas relações de convivência entre concidadãos, e responde, de outro lado, a uma necessidade de conhecimento mútuo, de trocas e de cooperação para além das fronteiras confessionais.

É preciso reconhecer, que é difícil de definir o diálogo no contexto inter-religioso, o que suscita a exaltação de uns e a reserva de outros, e é quase sempre objeto de mal entendidos. Seria preciso, em lugar de descrever, procurar, sobretudo, de reconhecê-lo nas experiências de encontro, sobretudo, na maneira de ser em relação com o outro.[6]

O diálogo entre parceiros de religiões diferentes pode dar lugar a uma troca intima, e uma abertura às preocupações do outro, que não seja somente intelectual. Mas ele pode também revelar os limites da troca e as dificuldades de entendimento. Em um caso como no outro, deve-se respeitar a integridade de cada parceiro. Além do respeito, o empenho no diálogo testemunha o amor em Cristo. É uma afirmação da vida contra as forças da destruição e do caos e uma participação no esforço de todos aqueles que procuram construir, sem grandes ilusões, uma comunidade humana melhor. O diálogo não poderá nunca ser a arma secreta de um ativismo cristão agressivo, mas uma maneira de viver a fé em Cristo, com o próximo e ao serviço da comunidade humana.[7]

No entanto, é preciso reconhecer, que a credibilidade das iniciativas cristãs em matéria de diálogo é freqüentemente colocada em dúvida, não sem justificativa, pelos parceiros de outras religiões, diante da ambigüidade do discurso missionário, e das formas que pode tomar a prática dos cristãos preocupados em anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Sem dúvida, não seria realista ver essa ambigüidade eliminada para sempre. Contudo a experiência dos cristãos implicados no diálogo inter-religioso procura trazer um duplo corretivo acentuando a abertura ao testemunho do outro e pondo em questão as atitudes e os métodos de certas missões. Com efeito, o testemunho mútuo é inerente ao diálogo entre pessoas de religiões diferentes. Um diálogo autêntico só se instaura quando é concebido e vivido, como um encontro de engajamento que se responde e se interroga. [8]

Uma das causas freqüentes de tensão entre as comunidades religiosas está relacionada à "missão", sem que se esteja questionando aqui o direito e a obrigação, dos cristãos como também das outras comunidades religiosas de anunciarem a própria fé. Porém esse desejo de difundir sua fé, e o zelo investido na empreitada, não deveria em hipótese nenhuma ser um atentado ao respeito pela liberdade e a dignidade dos indivíduos e comunidades, e nem de colocar em perigo a harmonia intercomunitária e a paz civil. Numerosos parceiros de outras religiões não escondem a suspeita de que as atividades educativas, médicas e filantrópicas dissimulem um proselitismo não confessado.[9] Nesse contexto, tem sido importante o debate em torno das relações complexas entre diálogo e missão, como mostram os numerosos documentos oficiais da Igreja Católica e do Conselho Mundial das Igrejas.

A quase totalidade dos documentos oficiais testemunham uma evolução notável da reflexão cristã sobre a missão a partir da realidade do diálogo. Há um reconhecimento explícito da tensão que existe entre as condições espirituais e morais de um diálogo inter-religioso autêntico e legítimo de um lado, e as implicações de uma teologia da missão de outro lado, e cabe aos cristãos de viver da melhor forma essa tensão, em fidelidade ao Cristo e na humildade, sabendo que a tensão não pode ser resolvida. A Conferência missionária mundial de Santo Antônio (1989), ressaltou que o testemunho cristão entre os membros de outras religiões pressupões uma presença junto a eles, com uma sensibilidade diante da profundidade do empenho deles, e uma afirmação da ação de Deus neles e de seu amor por eles, lembrando que o mistério de Deus em Cristo ultrapassa nossa compreensão, e que nosso conhecimento de sua graça salvífica é imperfeita. Por esta razão, os cristãos são convidados a serem testemunhas e não juizes.[10]

Contudo para além dessa problemática, a questão do diálogo e da missão nos remete a uma questão teológica fundamental: como situar e reconhecer as religiões não cristãs na sua alteridade mesma; como refletir o pluralismo religioso no desígnio de Deus, e como entender a salvação dos membros de outras religiões, independentemente de sua pertença religiosa, e do fato mesmo dessa pertença. E aqui apesar do desenvolvimento da teologia das religiões, isso permanece um espaço de reflexão aberta, marcada por várias orientações, proposições e princípios normativos. As opiniões estão longe de serem homogêneas. Podem ser identificados dois extremos: de um lado uma atitude intransigente e exclusivista, que recusa às religiões não cristãs o estatuto de religiões reveladas e o reconhecimento do seu valor salvífico, e de outro lado, um relativismo, que coloca no mesmo nível todas as religiões. A posição mediana também dá lugar a um largo espectro de posições contrastantes, em ligação com a pluralidade de contextos e de procedimentos. Numerosos cristãos procuram em consciência a via estreita, que permitiria conciliar a fé em Jesus Cristo, Salvador universal e único, e a significação positiva, querida por Deus, das outras tradições religiões.[11]

3. O despertar da necessidade do diálogo na Igreja.

João Paulo II reconheceu que o despertar do diálogo foi favorecido pelas rápidas mudanças no mundo, e aprofundamento do mistério da Igreja, como sacramento universal de salvação.[12] A unificação do mundo mostrou a interdependência em todos os setores da convivência e da promoção humana, as exigências da paz, e o pluralismo religioso, tornaram mais necessário o diálogo e o contato. Também a experiência missionária tornou possível novas aproximações, e tem sensibilizado aos demais para a necessidade de se relacionar de uma nova forma com os seguidores de outras religiões, para que a Igreja se faça presente e compreendida por elas.[13]

Contudo é o Vaticano II que está na origem das novas relações com as Igrejas cristãs, as religiões e o mundo. As constituições Gaudim et spes e a declaração Nostra aetate sancionaram o método do diálogo na teologia e na práxis eclesial. As afirmações de Nostra aetate conduziram a idéias novas na linguagem oficial da Igreja.

A encíclica de Paulo VI, Eclesiam suam[14] , pode ser considerada a carta magna do diálogo. É necessário que a Igreja esteja em diálogo com o mundo em que vive, fazendo-se palavra, mensagem e colóquio.

O Concílio favoreceu muitas iniciativas missionária, e Paulo VI e João Paulo II desempenharam um papel, com gestos proféticos e ensinamentos próprios, papel de animação e de guia no diálogo inter-religioso. Assim Paulo VI, em 1964, durante uma visita a Terra santa, se reuniu com líderes hebreus e muçulmanos; em Bombaim teve um encontro com os representantes das religiões da Índia, e disse para eles, que são todos peregrinos no caminho da busca de Deus. Outra iniciativa importante de Paulo VI foi a criação do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso em 1998, que passou a ser a organização central da Igreja para a animação e a coordenação das iniciativas de diálogo, e que tem desempenhado um papel importante na orientação do diálogo dentro da missão global da Igreja relacionando anúncio com diálogo. Entre as iniciativas mais significativas de João Paulo II, merece especial menção o discurso aos jovens muçulmanos em Casablanca no dia 19 de agosto de 1985, e, sobretudo, a jornada de oração de Assis junto com lideres de outras religiões do mundo, no dia 13 de abril de 1986.[15]

O Papa Bento XVI, tem se empenhado em continuar o esforço em promover o diálogo inter-religioso.[16] A respeito do diálogo inter-religioso, Bento XVI apresenta três teses conclusivas.

1. Não é renunciando à verdade que o encontro das religiões será possível, mas se empenhando mais profundamente nela. O ceticismo e o pragmatismo são duas coisas que só servem de porta de entrada às ideologias, que se apresentam em seguida. Renunciar à verdade e às suas convicções não eleva o homem, mas o coloca a mercê do lucro, e o priva de sua grandeza. O que é preciso exigir é o respeito pela fé do outro e a disponibilidade para a pesquisa, nos elementos estrangeiros que encontro, uma verdade que me concerne e que pode me corrigir, me conduzir mais longe. O que é preciso exigir, é estar pronto para procurar nas manifestações, pode ser, desconcertantes, a realidade mais profunda que se esconde atrás delas. O que é preciso exigir é superar as estreitezas de minha compreensão da verdade, me colocar à escuta daquilo que é meu bem próprio, incluindo o outro e me deixando me colocar sobre o caminho de Deus muito maior na certeza, de que jamais tenho totalmente em mão a verdade sobre Deus, e que, diante dela, eu sou sempre um aprendiz, que, caminhando em direção dela, eu sou sempre um peregrino, cujo caminho jamais terminará.[17]

2. É preciso sempre procurar no outro o positivo, e que nesta medida, o outro é necessariamente também para mim uma ajuda na busca da verdade, o que não significa, no entanto, que o elemento crítico possa e deva faltar. A religião oferece, por assim dizer, um abrigo para a pérola preciosa da verdade, mas também ela a dissimula sem cessar, e corre sempre de novo o risco de perder aquilo que faz sua natureza própria. A religião pode cair enferma e se transformar em fenômeno destrutivo. Ela sabe e deve conduzir à verdade, mas ela é capaz também de cortar o homem da verdade. A crítica das religiões no Antigo Testamento nem de longe perdeu seu objeto. É relativamente fácil de criticar a religião dos outros, mas é preciso da mesma forma estar prontos para aceitar a crítica igualmente para a própria religião. Não se pode separar religião e fé. A fé sem religião é irreal, e a religião faz parte da fé, e é parte da natureza da fé cristã que ela seja uma religião. Entre os cristãos a religião pode cair enferma e se tornar superstição, de modo que precisa ser continuamente purificada a partir da verdade que se manifesta na fé e que, de outra parte, permite, no diálogo, de reconhecer de maneira nova seu mistério e sua infinitude.

3. Isto não quer dizer que a missão deva cessar e ser substituído pelo diálogo, onde não se trata mais da verdade, mas, sobretudo, de se ajudar mutuamente a se tornar melhores cristãos, judeus, muçulmanos, hindus ou budistas. Não se trata disso, porque isso seria a falta total de convicção, na qual, sob pretexto de nos confirmar naquilo que temos de melhor, não tomaríamos a sério nem a nós mesmos e nem aos outros e renunciaríamos definitivamente à verdade. A missão e o diálogo não podem ser tomados como opostos, mas deve se compenetrar mutuamente. O diálogo não é um empenho sem objetivo, mas ele visa, ao contrário, a convencer, para encontrar a verdade, do contrário, permaneceria inútil. De outro lado, a missão não poderá mais se desenvolver, no futuro, como se a comunicação fosse com um sujeito até lá privado de todo conhecimento de Deus. Isso pode acontecer, cada vez com mais freqüência, no mundo dos ateus, mas no mundo das religiões, encontramos pessoas, que ouviram falar de Deus através de sua religião, e que procuram viver em relação com ele. Desse modo, o anúncio da mensagem deve necessariamente se tornar um processo de diálogo. Não se diz ao outro coisas totalmente desconhecidas, mas se desvela para ele a profundidade escondida, aquilo que ele já tocou em sua fé. E também, aquele que anuncia não é somente alguém que dá, mas que também recebe, de forma que o diálogo inter-religioso deveria se tornar sempre mais uma escuta do Logos, que nos mostra a unidade no meio de nossas separações e contradições.[18]

Conclusão

O Documento da V Conferência realizada em Aparecida admitiu que nenhum conhecimento é completo, e neste contexto o diálogo inter-religioso se dá em um território, em que se aceita que cada participante, não tem uma compreensão completa da fé, que constitui a sua identidade religiosa. Além disso, o conhecimento das religiões não cristãs entre os cristãos não é profundo [19], de modo que é preciso "investir nos conhecimento das religiões, no discernimento teológico-pastoral e na formação de agentes competentes para o diálogo inter-religioso" (238). Nas pegadas do Vaticano II, Aparecida reconhece, que pelo sopro do Espírito Santo e outros meios, a graça de Cristo pode alcançar a todos os que ele redimiu para além da comunidade eclesial (236). É preciso, portanto, que se promova uma convivência onde todos se respeitem, e tenham o direito de viver e comunicar as suas convicções, em cujo diálogo, estará embutida a confissão da própria fé e seu anúncio. Conforme Aparecida, o diálogo inter-religioso tem o significado de ajuda na construção da nova humanidade, abrindo caminhos inéditos para o testemunho cristão, e promovendo a liberdade e a dignidade dos povos, estimulando a colaboração para o bem comum, ajudando a superar a violência motivada por atitudes religiosas fundamentalistas, educando os cidadãos para a paz e a convivência (239).

Bibliografia

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Idem. Die Vielfalt der Religionen und der Eine Bund. Regensburg: Verlag Urfeld, 2005.
Suess, Paulo. Dicionário de Aparecida. 40 palavras-chave para uma leitura pastoral do Documento de Aparecida. São Paulo: Paulus, 2007.

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Notas

[1] Cfr. Libanio, João Batista. Pluralismo cultural e pluralismo religioso. In: Amerindia (org.). V Conferência de Aparecida. Renascer de uma esperança. São Paulo: Amerindia/Paulinas, 2008, p. 73.

[2] Ibidem, p. 73.

[3] Ibidem, p. 74-75.

[4] Libanio, João Batista, op. cit. p. 76.

[5] Cf. Mitri, Tarek. "Dialogue interreligieux". In: Bria, Ion et alii (Dir.). Dictionnaire oecuménique de missiologie. Cent mots pour la mission. Paris: Les Éditions du Cerf, 2001, p. 81.

[6] Ibidem, p. 81.

[7] Ibidem, p. 81-82.

[8] Ibidem, p. 82.

[9] Ibidem, p. 82.

[10] Ib. p. 83.

[11] Cf. Knitter, Paul F. Introdução às teologias das religiões. São Paulo: Paulinas, 2008.

[12] Cf. Dives in misericordia, 2; 21.

[13] Zago, Marcello. Diálogo inter-religioso. In: Karotemprel, Sebastian (dir.). Seguir a Cristo en la misión. Manual de misionología. Estella (Navarra): Editorial Verbo Divino, 2000, p.92.

[14] Cf. Eccclesiam suam, 34-68

[15] Cf. Zago, Marcello, op. cit. p. 93

[16] Cfr. Ratzinger, Joseph (Benedikt XVI). Glaube, Wahrheit, Toleranz. Das Christentum und die Weltreligionen. Freiburg im Breisgau: Herder, 2005; Idem. Die Vielfalt der Religionen und der Eine Bund. Regensburg: Verlag Urfeld, 2005.

[17] Ratzinger, Joseph. Die Vielfalt der Religionen und der Eine Bund. Regensburg: Verlag Urfeld, 2005, p. 117-118.

[18] Ibidem, p.119-120.

[19] Cfr. Suess, Paulo. Dicionário de Aparecida. 40 palavras-chave para uma leitura pastoral do documento de Aparecida. São Paulo: Paulus, 2007, p. 33.