Dessonorização terminal (?): dados de informantes paranaenses falantes de inglês como L2

Autores

  • Jeniffer Albuquerque

Resumo

A discussão sobre a dessonorização (DT) terminal não é recente. Desde 1981, com o trabalho de Major (1981) e Eckman (1987), a DT é objeto de pesquisa. Os autores caracterizam a DT como sendo um processo que envolve a perda do traço sonoro em algumas posições finais e, ainda, que o processo ocorre em língua materna e estrangeira. O que se observa é que ambos caracterizam o fenômeno em duas categorias: a presença ou não de sonorização. Em contrapartida, trabalhos como os de Zimmer (2007) e estudos posteriores mostram outro olhar. Percebe-se a necessidade de se examinar os ambientes adjacentes à produção das obstruintes e os correlatos acústicos envolvidos na produção dos segmentos. É preciso esclarecer que esse novo olhar sobre a DT só é possível via abordagem da onologia Acústico-Articulatória (Albano, 2001), a partir da qual se tem uma visão dinâmica do fenômeno. Com a realização de um experimento com aprendizes de inglês como L2, observamos que existe uma gradiência na sonorização das oclusivas sonoras, inclusive para falantes nativos, o que demonstra que os informantes brasileiros não estão cometendo erros de produção, o que modifica o olhar de pesquisadores e docentes.

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Publicado

2011-06-17

Edição

Seção

Artigos