Buscando sentido para a pesquisa e o ensino de língua portuguesa: uma abordagem funcional-cognitiva

Autores

  • Tiago de Aguiar Rodrigues Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Regência. Funcionalismo. Semântica. Ensino

Resumo

O conteúdo "regência verbal" tem sido trabalhado em sala de aula como uma simples repetição de regras. Para convencer os alunos a estudar regência, o professor os ensina a decorar uma lista infinda de verbos, argumentando que isso é necessário para obter sucesso nos concursos e vestibulares. Regência torna-se, então, sinônimo de decoreba, pois parece não ter outra finalidade. Assim, consolida-se um abismo entre a teoria escolar e a prática estudantil, porque a primeira não traz conhecimentos linguísticos que sejam úteis à segunda. Para mudar esse quadro, necessita-se extrapolar os limites da análise sintática tradicional e inserir às discussões de regência aspectos semântico-pragmáticos. O presente trabalho propõe, então, debater a regência verbal sob um olhar do funcionalismo-tipológico norte-americano (GIVÓN et al, 1984)e da semântica cognitiva (LAKOFF E JOHNSON, 1987), com o escopo de entender a relação semântica existente entre alguns verbos ditos problemáticos pelos estudos tradicionais e os termos por eles regidos, principalmente no que tange à ausência/ presença de determinadas preposições. Outro objetivo é demonstrar que o trabalho de regência verbal em sala de aula, sob esses olhares, faz o aluno pensar as relações gramaticais da língua como algo motivado, e não apenas como simples decoreba.

Biografia do Autor

Tiago de Aguiar Rodrigues, Universidade de Brasília

Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília.

Downloads

Publicado

2012-11-03

Edição

Seção

Artigos