A “caixa-preta” da eucaliptocultura: controvérsias científicas, disputas políticas e projetos de sociedade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2767.2019v65p380-415

Palavras-chave:

Eucaliptocultura, Aracruz Celulose S. A, Augusto Ruschi

Resumo

Neste artigo, discuto aspectos da controvérsia científica em torno do plantio do eucalipto no Brasil, buscando compreender as disputas políticas e os projetos socioambientais mobilizados pelos diferentes contendores. Inspirada nas reflexões de Bruno Latour sobre o fazer científico, busco reconstruir o caminho percorrido pelo naturalista Augusto Ruschi na elaboração de noções e métodos de reflorestamento, os quais ganharam instrumentalização política diferenciada no estado do Espírito Santo, nas décadas de 1940-1950 e 1960-1970: no primeiro momento, seus argumentos se aproximaram da “silvicultura racional”; no segundo, adotou um forte discurso contra a eucaliptocultura. Defendo que, mais do que a rejeição ao eucalipto em si mesmo, Ruschi posicionou-se contra um projeto socioeconômico específico: o do Grupo Aracruz Celulose S. A.

Biografia do Autor

Alyne dos Santos Gonçalves, Instituto Nacional da Mata Atlântica

Possui graduação, mestrado e doutorado em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), atuando principalmente nas áreas de História Ambiental, História da Ciência, História Regional e organização de acervos pessoais. É membro do Laboratório de História Regional do Espírito Santo e Conexões Atlânticas (LACES), do PPGHIS-UFES. É bolsista de pós doutorado do Fundo de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES), no Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

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Publicado

2019-08-02

Como Citar

Gonçalves, A. dos S. (2019). A “caixa-preta” da eucaliptocultura: controvérsias científicas, disputas políticas e projetos de sociedade. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 65. https://doi.org/10.23925/2176-2767.2019v65p380-415