Overseas Theatre

A Barraca and artistic experimentations following the Carnation Revolution

Authors

  • Kátia Rodrigues Paranhos Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2767.2023v77p299-324

Keywords:

A Barraca, dramaturgy, Portuguese theater, Artistic experimentation

Abstract

After the 25th of April 1974 -known as the Carnation Revolution or April Revolution-, which overthrew the "Estado Novo" dictatorial regime, a profound movement, marked by a combination of Brechtian tradition, neo-realistic and experimentalist theatre, has gained terrain to constitute a scene permeable to less conventional forms. In line with this creative process, I review the trajectory of the A Barraca group (directed by Maria do Céu Guerra and Hélder Costa, 1975), mostly focusing on themes of Portuguese history and culture, taking into consideration their drive to create dramaturgy(ies), adaptations, and staging. Based on this experience, I highlight the meanings of the group's theatrical work by re-dimensioning a proposal for popular theatre with a strong communication power that highlights the meanings of an engaged and poetic theatrical invention.

Author Biography

Kátia Rodrigues Paranhos, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Graduada em História pela Universidade Federal de Uberlândia/UFU (1980/1984), mestre (1995) e doutora (2002) em História pela Universidade Estadual de Campinas/Unicamp. Professora associada da UFU, na qual atua nos cursos de graduação e pós-graduação em História. Bolsista produtividade em pesquisa do CNPq e do Programa Pesquisador Mineiro, da Fapemig. Editora de ArtCultura: Revista de História, Cultura e Arte, periódico do Instituto de História, vinculado ao Programa de Pós-graduação em História da UFU, participa de diversos conselhos editoriais e consultivos de outras publicações e/ou editoras. Desenvolve pesquisas e tem produção na área de Política e Cultura, com ênfase em História Social da Cultura. Entre seus temas de estudo mais freqüentes se encontram cultura e política no Brasil pós-1964, história e teatro, grupos de teatro, dramaturgos e teatro operário e popular

References

Documentos diversos

A Barraca conta Tiradentes. Matérias em diferentes jornais e revistas. Acervo Augusto Boal. 1977. Disponível em <http://acervoaugustoboal.com.br/a-barraca-conta-tiradentes?pag=1>. Acesso em 16 jun. 2020.

A herança maldita, programa, Lisboa, A Barraca 30 anos, 2007.

BUARQUE, C. Tanto mar (segunda versão). LP Chico Buarque, 1978.

PAULO, R. Breve introdução ao estudo do teatro português. Das origens aos nossos dias. Datilografado, s./d. (Espólio do Teatro Moderno de Lisboa/TML – Museu Nacional do Teatro e da Dança).

Textos teatrais

BOAL, A. A herança maldita: ou a jangada dos canibais. Bulevar macabro em um ato falho. Buenos Aires: Celcit, 2003.

BOAL, A. e GUARNIERI, G. Arena conta Tiradentes. Rio de Janeiro: Sagarana, 1967.

COSTA, H. D. João VI. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada, 2008.

GARCIA LORCA, F. Prosa 1: obras VI. Madrid: Akal, 1994.

Referências bibliográficas

A Barraca 25 anos: selecção de textos e fotos de Hélder Costa e Maria do Céu Guerra. Lisboa: A Barraca, s./d.

A Barraca: livro dos 35 anos: selecção de textos e fotos de Hélder Costa. Lisboa: A Barraca, 2013.

ABELLAN, J. Boal cuenta Boal. Barcelona: Institut del Teatro, 2001.

BABBAGE, F. H. Augusto Boal. New York: Routledge, Taylor & Francis Group, 2004.

BARATA, J. O. Centralidades e periferias do teatro do século XX. Estudos do Século XX, n. 1, 2001, pp. 89-98, 2001

BARRADAS, S. F. G. Com Hélder Costa: o sábio prático d’A Barraca. Dissertação (Mestrado em Teatro) – ESTC, Lisboa, 2013.

BOAL, A. Finalmente a Escola vai mudar: quem quer que tenha uma ideia fale agora ou cale-se para sempre. Opção, 1976. Disponível em <http://acervoaugustoboal.com.br/finalmente-escola-vai-mudar-quem-quer-que-tenha-uma-ideia-fale-agora-ou-cale-se-para-sempre?pag=1>. Acesso em 10 jun. 2020.

BOAL, A. Técnicas latino-americanas de teatro popular. Coimbra: Edições Centelha, 1977a.

BOAL, A. 200 exercícios e jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer algo através do teatro. Lisboa: Vozes em Luta, 1977b.

BOAL, A. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. São Paulo: Editora 34, 2019 [1974].

BORGES, V. Cartografia e antiguidade dos grupos de teatro. In: O mundo do teatro em Portugal: profissão de actor, organizações e mercado de trabalho. Lisboa: ICS, 2007, pp. 63-85.

BRANDÃO, T. Maria do Céu em aula de poesia. O Globo, 31 maio, pp. 19-20, 1988.

CAETANO, M. J. (entrevista com Maria do Céu Guerra e Helder Costa). A Barraca: há 40 anos a sobreviver ao "austeritarismo" Diário de Notícias, 4 mar. 2016. Disponível em <https://www.dn.pt/artes/a-barraca-ha-40-anos-a-sobreviver-ao-austeritarismo-5059766.html>. Acesso em 10 jun. 2020.

CARVALHO, S. de et al. Atuação crítica: entrevistas da Vintém e outras conversas. São Paulo: Expressão Popular, 2009.

COELHO, R. P. Experimentalismo, política e utopia: um teatro português do início do século XX ao dealbar do novo milénio. In: COELHO, R. P. Teatro português contemporâneo. Lisboa: Bicho do Mato, 2017, pp. 7-21.

COSTA, H. O caminho faz-se caminhando. In: A Barraca: 25 anos: selecção de textos e fotos de Hélder Costa e Maria do Céu Guerra. Lisboa: A Barraca, s./d., pp. 3-6.

COSTA, H. [Entrevista concedida a António Pinheiro e Luz Neto]. Pessoas: Encontros Culturais, n. 26, pp. 24-34, 2007.

COSTA, H. A Barraca: uma dramaturgia patriótica. A Viagem dos Argonautas, 25 abr. 2014. Disponível em <https://aviagemdosargonautas.net/2014/04/25/a-barraca-uma-dramaturgia-patriotica-por-helder-costa/>. Acesso em 5 maio 2020.

DEL RIOS, J. D. João 6º, a vez de Lisboa se mostrar. Folha de São Paulo, 27 jun., p. 3, 1980.

DENIS, B. Literatura e engajamento: de Pascal a Sartre. Bauru: Edusc, 2002.

DUVIGNAUD, J. Situação dramática e situação social. In: CARREIRA, A. e LIMA, E. F. W. (orgs.). Estudos teatrais: GT História das Artes do Espetáculo/Abrace. Florianópolis: Ed. da Udesc, 2009, pp. 143-167.

GASTÃO, A. M. O teatro da afectividade. Diário Popular, 28 jun., pp. 16-17, 1988.

GONZÁLEZ, J. P. Música popular autoral de fines del siglo XX: estudios intermediales. Madrid: ICCMU, 2022.

GUENNES, D. Ao qu’isto chegou: sensatamente absurdo. Acervo Augusto Boal, 1977. Disponível em <http://acervoaugustoboal.com.br/ao-quisto-chegou-feira-portuguesa-de-opiniao?pag=1>. Acesso em 15 jun. 2020.

HUTCHEON, L. Uma teoria da adaptação. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2011.

LEMES, D. S. M. Exílio e teatro político: um olhar para a trajetória de Augusto Boal. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – UNL, Lisboa, 2019.

LOPES, A. A. B. N’A Barraca com Maria do Céu Guerra em Dona Maria, a louca de António Cunha. Dissertação (Mestrado em Artes Performativas) – ESTC, Lisboa, 2013.

LOPES, A. A. B. Uma interpretação de Pessoa: manual de ator a partir de Menino de sua avó de Armando Nascimento Rosa, criação de Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes. Tese (Doutorado em Comunicação, Cultura e Artes) – FCHS, Faro, 2017.

MAGALDI, S. Na plateia do mundo. São Paulo: Global, 2017.

MARQUES, F. Coringa Tiradentes. In: Com os séculos nos olhos: teatro musical e político no Brasil dos anos 1960 e 1970. São Paulo: Perspectiva, 2014, pp. 281-298.

MERAHI, D. Théâtres du réel en Angleterre et en Ecosse depuis les années 50. Paris: Editions L'Harmattan, 2017.

MICHALSKI, Y. D. João VI fecha a barraca. Jornal do Brasil, 29 jun., p. 8, 1980a.

MICHALSKI, Y. Barraca conta Zé e João. Jornal do Brasil, 1 jul., p. 7, 1980b.

MICHALSKI, Y. Uma temporada de transição. In: Reflexões sobre o teatro brasileiro no século XX. Rio de Janeiro: Funarte, 2004, pp. 366-370.

MIDÕES, F. Uma balada americana com Maria do Céu Guerra. Diário de Notícias, 12 fev., pp. 9-10, 2001.

NASCIMENTO, C. de A. Uma leitura intertextual da história e da literatura portuguesas por Hélder Costa. Dissertação (Mestrado em Literatura Portuguesa) – Universidade de São Paulo, 2015.

NEVEUX, O. Dificuldades de emancipação. Observações sobre a teoria do “Teatro do Oprimido”. Revista Cena, n. 24, pp. 128-140, jan.-abr. 2018.

OLIVEIRA, M. de. Para uma cartografia da criação dramática portuguesa contemporânea (1974-2004). Os autores portugueses do teatro independente: repertórios e cânones. Dissertação (Mestrado em Estudos Artísticos) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2010.

PARANHOS, K. R. Política e cultura na década de 1960: Brasil e Portugal na contracorrente teatral. In: SARMENTO, C. M. e GUIMARÃES, L. M. P. (orgs.). Culturas cruzadas em português: redes de poder e relações culturais (Portugal-Brasil, séc. XIX-XX). Coimbra-Portugal: Almedina, v. 3, 2015, pp. 143-159.

PAVIS, P. A análise dos espetáculos. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.

PEZZONIA, R. Guarda um cravo para mim: os exilados brasileiros em Portugal (1974-1982). São Paulo: Alameda, 2019.

PICCHIO, L. S. Mar aberto: viagens dos portugueses. Lisboa: Editorial Caminho, 1999.

PORTO, C. Do teatro tradicional ao teatro independente. In: REIS, A. (direção). Portugal contemporâneo: 1958-1974. Lisboa: Alfa, v. 5, 1989, p. 279-290.

RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. Lisboa: Orfeu Negro, 2010.

RAPOSO, P. Teatro popular. In: CASTELO-BRANCO, S. E-S. e FREITAS, J. (orgs.). Vozes do povo: a folclorização em Portugal. Oeiras: Celta, 2003, pp. 323-335.

SANTOS, P. F. dos. Pedagogia da atuação: um estudo sobre o trabalho teatral de Augusto Boal no exílio latino-americano. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

SANTOS, V. P dos. A alegria de ser espectador. O Jornal, 21 mar., p. 12, 1980.

SCHORSKE, C. E. Pensando com a história: indagações na passagem para o modernismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SERÔDIO, M. H. Os que vieram depois de abril de 1974. In: Financiar o teatro em Portugal: a actuação da Fundação Calouste Gulbenkian (1959-1999). Lisboa: Bond/Centro de Estudos de Teatro, 2013, pp. 120-139.

TOLEDO, P. V. B. Debates sobre teatro e sociedade após o golpe de 1964: reflexão e trabalho teatral de José Celso Martinez Corrêa e Augusto Boal. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

VALENTIM, J. D. João VI, de Hélder Costa ou o universo da corte no universo do teatro. In: COSTA, H. D. João VI. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada, 2008, pp. 105-114.

VARELA, R. História do povo na revolução portuguesa. Lisboa: Bertrand, 2014.

VERZERO, L. Teatro militante: radicalización artística y política en los años ’70. Buenos Aires, Biblos, 2013.

Published

2023-08-28

How to Cite

Paranhos, K. R. (2023). Overseas Theatre: A Barraca and artistic experimentations following the Carnation Revolution. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 77, 299–324. https://doi.org/10.23925/2176-2767.2023v77p299-324