Foucault, a reportagem de ideias e os direitos dos governados

Leandro Mendanha e Silva

doi:10.23925/2176-2767.2023v78p317-340

Autores/as

Leandro Mendanha e Silva Universidade de Brasília (UNB)

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2767.2023v78p317-340

Palabras clave:

atualidade, reportagem de ideias, espiritualidade política, vontade política, direitos dos governados

Resumen

Foucault pretendeu compreender a atualidade em que vivia de diversas formas: investigações histórico-filosóficas, experiência militante na GIP (Grupo de Informação sobre as Prisões) e em outros coletivos, diálogo com os diversos grupos franceses e internacionais com os quais trocava experiências e ideias. Uma dessas maneiras foi por meio da reportagem de ideias, que exerceu no Irã como jornalista das ideias e experiências que eram gestadas por lá à época da Revolução Iraniana. Nessa direção, podemos falar que essa experiência iraniana trabalhou, junto com outras que ele experimentava no mesmo período, seu próprio pensamento, modificando seu pensamento e problematizando aquela experiência.

Biografía del autor/a

Leandro Mendanha e Silva, Universidade de Brasília (UNB)

Possui Graduação (2005), Mestrado (2009) e Doutorado (2014) em História pela Universidade de Brasília e é pós-doutorando pelo Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, atuando principalmente em três vertentes: a primeira trata de teoria e metodologia da história e tem como tema a história do pensamento, da recepção, da apropriação e da historiografia. A segunda pertence a área da história das relações de trabalho e do sindicalismo. A terceira trata da relação entre história e música.

Citas

AFAREY, J.; ANDERSON, K. B. Foucault e a Revolução Iraniana. As relações de gênero e as seduções do islamismo. Trad. Fabio Faria. São Paulo: Realizações Editora, 2011.

BUTLER, J. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Trad. Fernanda Siqueira Miguens. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. recurso digital.

DEFERT, D. “Cronologia”. In: FOUCAULT, M. Problematização do sujeito: Psicologia, Psiquiatria e Psicanálise. Trad. Vera Lucia Avellar Ribeiro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006, p. 1-70. (Ditos e escritos; I)

ERIBON, D. Michel Foucault, 1926-1984. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

FOUCAULT, M. "Com o que sonham os filósofos?". In: FOUCAULT, M. Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Trad. Elisa Monteiro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005, p. 296-298. (Ditos e escritos; II)

FOUCAULT, M. "Mesa-redonda em 20 de maio de 1978". In: FOUCAULT, M. Estratégia, poder, saber. Trad. Vera Lucia Avellar Ribeiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003, p. 335-354. (Ditos e Escritos; IV)

FOUCAULT, M. "É inútil revoltar-se?". In: FOUCAULT, M. Ética, sexualidade, política. Trad. Elisa Monteiro, Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004, p. 77-81. (Ditos e Escritos; V)

FOUCAULT, M. "Metodologia para o conhecimento do mundo...". In: FOUCAULT, M. Repensar a política. Trad. Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2010a, p. 186-210. (Ditos e escritos; VI)

FOUCAULT, M. "Com o que sonham os iranianos?". In: FOUCAULT, M. Repensar a política. Trad. Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2010b, p. 230-236. (Ditos e escritos; VI)

FOUCAULT, M. "Uma revolta a mãos nuas". In: FOUCAULT, M. Repensar a política. Trad. Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2010c, p. 241-244. (Ditos e escritos; VI)

FOUCAULT, M. "O espírito de um mundo sem espírito". In: FOUCAULT, M. Repensar a política. Trad. Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2010d, p. 258-270. (Ditos e escritos; VI)

FOUCAULT, M. "Carta aberta a Mehdi Bazargan". In: FOUCAULT, M. Repensar a política. Trad. Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2010e, p. 275-278. (Ditos e escritos; VI)

FOUCAULT, M. "Para uma moral do desconforto". In: FOUCAULT, M. Repensar a política. Trad. Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2010f, p. 279-284. (Ditos e escritos; VI)

FOUCAULT, M. "O problema dos refugiados é um presságio da grande migração...". In: FOUCAULT, M. Repensar a política. Trad. Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2010g, p. 285-288. (Ditos e escritos; VI)

FOUCAULT, M. "Conversa com Michel Foucault". In: FOUCAULT, M. Repensar a política. Trad. Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2010h, p. 289-347. (Ditos e escritos; VI)

FOUCAULT, M. "Os direitos do homem em face dos governos". In: FOUCAULT, M. Repensar a política. Trad. Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2010i, p. 369-370. (Ditos e escritos; VI)

FOUCAULT, M. "O mundo é um grande hospício". In: FOUCAULT, M. Arte, epistemologia, filosofia e história da medicina. Trad. Vera Lucia Avellar Ribeiro. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2011, p. 307-309. (Ditos e escritos; VII)

FOUCAULT, M. “Vão Extraditar Klaus Croissant?”. In: FOUCAULT, M. Segurança, penalidade, prisão. Trad. Vera Lucia Avellar Ribeiro. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2012a, p. 95-100. (Ditos e escritos; VIII).

FOUCAULT, M. "As 'reportagens' de ideias". In: FOUCAULT, M. Segurança, penalidade, prisão. Trad. Vera Lucia Avellar Ribeiro. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2012b, p. 124-125. (Ditos e escritos; VIII).

FOUCAULT, M. "A estratégia do contorno". In: FOUCAULT, M. Segurança, penalidade, prisão. Trad. Vera Lucia Avellar Ribeiro. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2012c, p. 133-136. (Ditos e escritos; VIII).

FOUCAULT, M. "Le nouvel observateur e a união da esquerda". In: FOUCAULT, M. Segurança, penalidade, prisão. Trad. Vera Lucia Avellar Ribeiro. Rio de Janeiro; Forense Universitária, 2012d, p. 159-161. (Ditos e escritos; VIII).

FOUCAULT, M. "Aula de 22 de fevereiro de 1978". In: FOUCAULT, M. Segurança, Território, População: curso do Collège de France (1977-1978). Trad. Eduardo Brandão; revisão técnica Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 217-252.

Jean-Pierre Vernant apud Jean Paul Enthoven e Jacques Julluard. O Estado de S. Paulo, 23/11/1980.

KUSHNIR, B. Cães de guarda: jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988. Doutorado. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, 2001.

LEFORT, C. “A desordem nova”. In: Maio de 68: a brecha. Org. e Trad. Anderson Lima da Silva; Martha Coletto Costa. São Paulo: Autonomia Literária, 2018. recurso digital

MORIN, E. “Uma revolução sem rosto”. In: Maio de 68: a brecha. Org. e Trad. Anderson Lima da Silva; Martha Coletto Costa. São Paulo: Autonomia Literária, 2018. recurso digital

MORIN, E. “Ma(ios)s (1978)”. In: CASTORIADIS, C.; LEFORT, C; MORIN, E. Maio de 68: a brecha. Organizado e traduzido por Anderson Lima da Silva e Martha Coletto Costa. São Paulo: Autonomia Literária, 2018. recurso digital.

NEWTON, C. A revolução iraniana decepciona intelectuais. Folha de São Paulo, São Paulo, 31 de julho de 1981.

NOGUEIRA GUIMARÃES, J. O. “Tempo e Linguagem na Filosofia da História de Walter Benjamin”. Textos de História, Brasília, v. 4, 1996, p. 5-47.

PACHECO, M. de A. Elis de todos os palcos: embriaguez equilibrista que se faz canção. Mestrado. Universidade de Brasília. Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília, 2009.

PELBART, P. P. Ensaios do assombro. São Paulo: n-1 edições, 2019. recurso digital

SAFATLE, V. Só mais um esforço. São Paulo: Três Estrelas, 2017.

SAFATLE, V. Maneiras de transformar mundos: Lacan, política e emancipação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2020.

SENELLART, M. “Situação do curso”. In: Michel Foucault. Segurança, Território, População: curso dado no Collège de France (1977-1978). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008.