Quem está no comando? Poder entre grupos econômicos hegemônicos no Brasil

Autores

  • Eduardo Rodrigues PUC/SP

DOI:

https://doi.org/10.23925/1806-9029.v35i1e62294

Palavras-chave:

Análise de redes sociais, Controle corporativo nacional, Super elites econômicas

Resumo

Refletimos sobre o controle corporativo brasileiro, levando em conta as relações acionárias das 200 principais holdings. O controle acionário foi modelado a partir da Análise de Redes Sociais, sendo utilizados grau de saída, grau de saída ponderado e centralidade de intermediação. Os centros hegemônicos são o setor energético, finanças e saúde privada. Apenas 20% das empresas concentra 80% do controle acionário e 1% quase 1⁄4. Dessas 62 empresas, 29 pertencem aos três setores mencionados, sendo 3 estatais, 9 estrangeiras e 17 privadas. A Eletrobrás possui o maior controle do fluxo acionário. Os três sócios da 3G Capital são as pessoas físicas mais poderosas. Considerando o controle acionário direto, a principal é a Rede D ́Or. A economia em território nacional está sob o controle de pouquíssimos clusters privados, nacionais e estrangeiros, muito mais influentes do que a capacidade estatal.

Referências

AGÊNCIA BRASIL. Brasil tem 19,7 milhões de empresas ativas, diz mapa de empresas. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-12/brasil- tem-197-milhoes-de-empresas-ativas-diz-mapa-de- empresas#:~:text=Publicado%20em%2015%2F12%2F2020,prazo%20inferior%20a%20u m%20dia. Acesso em: 01 fev. 2023.

AUDITORIA CIDADÃ. Gráfico do orçamento federal 2019. Disponível em: https://auditoriacidada.org.br/conteudo/grafico-do-orcamento-federal-2019-2/. Acesso em: 05 fev. 2023.

BRANDES, U. A faster algorithm for betweenness centrality. Journal of mathematical sociology, 25(2), 163-177, 2001.

CASTELLS, M. Communication Power. 1st Ed. New York: Oxford University Press, 2009.

CHESNAIS, F. A Mundialização do Capital. São Paulo: Xamã Editora, 1996.

DONATI, P. Manifesto for a critical realist relational sociology. International Review of Sociology: Revue Internationale de Sociologie, 2015.

DOWBOR, L. O capitalismo se desloca: novas arquiteturas sociais. São Paulo: Edições Sesc, 2020. Disponível em: O Capitalismo se Desloca: novas arquiteturas sociais 2020, https://dowbor.org/2020/05/debate-livro-novo-o-capitalismo-se-desloca-novas- arquiteturas-sociais-ladislau-dowbor-e-antonio-martins-edicoes-sesc-26-05-16h.html. Acesso em: 05 jan. 2023.

________. A Era do Capital Improdutivo. São Paulo: Outras Palavras & Autonomia Literária, 2a edição, 2017. Disponível em: https://dowbor.org/2017/11/2017-06-l-dowbor-a-era- do-capital-improdutivo-outras-palavras-autonomia-literaria-sao-paulo-2017-316-p-html.html Acesso em: 03 fev. 2023.

________. A rede do poder corporativo mundial. Acesso: https://dowbor.org/2012/02/a- rede-do-poder-corporativo-mundial-7.html.

EPSTEIN, G. e Montecino, J. Overcharged: the High Cost of High Finance. New York: Roosevelt Institute, 2016.

GRANOVETTER, M. The strength of weak ties. The American Journal of Sociology, Vol. 78, No. 6., 1973. Acesso: http://links.jstor.org/sici?sici=0002- 9602%28197305%2978%3A6%3C1360%3ATSOWT%3E2.0.CO%3B2-E.

HUDSON, M. Killing the Host: How Financial Parasites and Debt Bondage Destroy the Global Economy. California: CounterPunch Books, 2015.

IMF. A Guide to IMF Stress Testing Methods and Models. (Editor Li Lian Ong). Introduction to the Network Analysis Approach to Stress Testing (Chapter 13); Cross- Border Financial Surveillance: A Network perspective (Chapter 14); Balance Sheet Network Analysis of To-Connected-to-Fail Risk in Global and Domestic Banking Systems. Washington D.C., 2014.

KORTEN, D. When corporate rules the world. Oakland, CA, 20th Anniversary Edition: Berrett-Koehler Publishers Inc, 2015.

LUMSDAINE, R. et al. The Intrafirm Complexity of Systemically Important Financial Institutions. Washington: Journal of Financial Stability, volume 52, 2021.

NEWMAN, M.E.J. The structure and function of complex networks. SIAM Review, 2003.

PASSOS, M. Modelo Macrodinâmico Aberto de Simulação Computacional. Tese de Doutorado. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2008.

PIKETTY, T.; SAEZ, E. e ZUCMAN, G. Distributional National Accounts: Methods and Estimates for the United States, Cambridge: National Bureau of Economic Research, 2016.

RODRIGUES, E. M. Nota metodológica. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1FuYQRgEXDmLt44cSR9rnt_DW1rZeFFsS/view?usp=sharing . Acesso em: 10 jun. 2023.

________. Arquitetura do poder relacional no ABC Paulista: o papel social do Sindicato dos Metalúrgicos na política regional. Tese de (Doutorado em Planejamento e Gestão do Território) Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em

Planejamento e Gestão do Território, São Bernardo do Campo, 2019. Disponível em: Descrição: Arquitetura do poder relacional no ABC Paulista : o papel social do Sindicato dos Metalúrgicos na política regional (ibict.br). Acesso em: 02 jan. 2023.

SARASWATHI, S. et al. Social Network Analysis of COVID-19 transmission in Karnataka, India. Epidemiology and Infection, Cambridge University Press, 2020.

UNITED NATIONS. World Economic Situation and Prospects. New York: UM, 2021.

VALOR ECONÔMICO. Grandes Grupos 200 maiores. Porto Alegre: Editora Globo, 2020.

VITALI, S.; GLATTFELDER, J. e BATTISTON, S. The Network of Global Corporate Control. ETH Zurich: Journal. Pone, 2011. Disponível em: The Network of Global Corporate Control | PLOS ONE. Acesso em: 10 jun. 2023.

WASSERMAN, S. e FAUST, K. Social Network Analysis: methods and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

WONKWANG J. et al. A social network analysis of the spread of COVID-19 in South Korea and policy implications. Scientific reports. Nature, 2021.

Arenas Alberto, Cecchini Simone. (enero-marzo de 2022). Igualdad y protección social: claves para un desarrollo inclusive y sostenible. (FCE, Ed.) El Trimestre Económico, LXXXIX(353), 277.239.

Beveridge, W. (2009). La seguridad social en Inglaterra. Plan Beveridge. México: Centro Interamericano de Estudios de Seguridad Social (1942).

Bobbio Norberto. (2021). Liberalismo y Democracia. CdMx: Fondo de Cultura Económica.

Carpenter, Ramírez, et.al. (2022). Sistemas Previsionales con enfoque de género en América Latina y El Caribe: Una Cuestión de Igualdad. (C. I. Social, Ed.) Nota Técnica, No. 19. Fonte: https://ciss-bienestar.org/2022/09/06/nota-tecnica-19/

CEPAL. (2020). El desafío social en tiempos del COVID-19, Serie nforme Especial COVID-19, No. 3. Santiago, Chile: Comisión Económica para América Latina .

CONEVAL. (2021). Medición multidimensional de la pobreza 2018-2020. México: Consejo Nacional de Evaluación de la Política de Desarrollo Social.

CONEVAL. (24 de mayo de 2022). Indice de la Tendencia Laboral de la Pobreza. (C. Social, Ed.) Comunicado No. 4.

Dent Nicholas. (2005). Rousseau. New York: Routledge.

Dubet, F. (2017). Repensar la justicia social. Buenos Aires: Siglo XXIXXI, cuarta edición,

pp.

Evers, T. (1979). El estado en la periferia capitalista. CdmX: Siflo XXI.

Figueroa Hernández, E. P.-2.-2. (2022). El poder adquisitivo de los salarios por subsector de actividad económica en México, 1994-2019. Business Innova Sciences, 3(2), 7-21. Fonte: http://innovasciencesbusines

Holzmann, R. &. (1999). Holzmann, R., & JorgensSocial protection as social risk management. . Washington, DC: The World Bank.

Holzmann, R. y. (1999 ). management: conceptual Papers and Notes 20119,. Washington: The World Bank.

Mazzucato Mariana. (2014). Mazzucato Mariana (El Estado emprendedor. Mitos del sector público ante el privado,. Barcelona: RBA Libros.

Mazzucato Mariana,. (2021). A moon shot model for the transformation of capitalism,Capitalism is facing three major crises. New Republic, 252(4), 22-29.

OIT. (2021). Base de Datos Mundial de la Protección Social.

Palma Jose & Pincus Jonathan. (2022). América Latina y el Sudeste Asiático. Dos

élites indolentes. El Trimestre Económico, 613-681. doi:https://doi.org/10.20430/ete.v89i3 Piketty Thomas. (219). Elementos para un socialismo participativo en el siglo XXI. Em

T. Piketty, Capital e ideología.

Presidencia de la República. (2022). 4° Informe de Gobierno. Ciudad de México:

Gobierno de México. Fonte: www.gob.mx/presidencia

Ramírez López, B. P. (2016). La seguridad social y la pensión universal. Em O. G. Valencia Enrique, Nueva ronda de reformas estructurales en México ¿Nuevas políticas sociales? (pp. 259-276). Tijuana: El Colegio de la Frontera Norte.

Ramírez, B. (2022). Capitalismo y bienestar social ¿horizonte posible? Em R. B. Sánchez Armando, Nuevos Horizontes Económicos (pp. 21-43). Ciudad de México: IIEc-UNAM.

Rifkin Jeremy. (2014). La sociedad de coste marginal cero. Barcelona: Paidos. Rousseau Jean Jaques. (2014). El Contrato Social. Madrid: Edimat Libros.

Shamah-Levy T, e. (2022). Encuesta Nacional de Salud y Nutrición 2021 sobre COVID19. Resultados Nacionales. Cuernavaca: Instituo Nacional de Salud Pública.

Stiglitz Joseph. (July August 2021 de 2021). Lessons from COVID-19 and Trump for Theory and Policy. Journal of Policy Modeling, 43, 749-760.

Swarnali Ahmed Hannan, C. A. (octubre de 21/244). Social Spending in Mexico: Needs, Priorities and Reforms. (IMF, Ed.) Working Papers, 38.

World Wild. (2022). World Inequality Report 2022 . Fonte: https://wir2022.wid.world)

Downloads

Publicado

2023-07-12