Plataformização e desestruturação do mercado de trabalho: o caso das empresas do setor financeiro no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.23925/1806-9029.v35i1e62677Palavras-chave:
Inovação tecnológica, Flexibilização trabalhista, Setor financeiro, Plataformização do trabalhoResumo
Este artigo busca demonstrar como o processo conhecido como plataformização do trabalho, inicialmente experimentado em setores econômicos que já apresentavam um padrão de precarização das relações de trabalho, vem se espraiando na economia brasileira. Esse processo ocorre, inclusive, em setores econômicos nos quais o trabalho apresenta historicamente padrões de alta formalização e organização sindical, como o caso dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema financeiro. Esse último é, aqui, utilizado como estudo de caso. Na última década, as empresas financeiras atuantes no Brasil vêm passando por um intenso processo de reestruturação, o que está ancorado em inovações tecnológicas, mudanças na legislação trabalhista e na regulação do próprio sistema financeiro. Isso se tem traduzido em um processo contínuo de fragmentação e isolamento da força de trabalho do setor, inclusive mediante a concretização dos primeiros ensaios de plataformização do trabalho, desorganizando um segmento importante da classe trabalhadora no Brasil.
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