Apophatiké: Estudos Interdisciplinares em Mística
Apophatiké: Interdisciplinary Studies in Mystics 

 

Maria Clara Bingemer *
*Doutorado em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Atualmente é professora titular no Departamento de Teologia da PUC-Rio. Contato: 
agape@puc-rio.br
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Resumo 

O presente artigo tem o intuito de apresentar um breve panorama acerca do grupo Apophatiké: Estudos interdisciplinares em Mística. O grupo congrega pesquisadores de diversas áreas acadêmicas, especialmente de Filosofia, Teologia, Letras, Psicologia e Ciências da Religião, de várias Instituições do Brasil, que têm suas pesquisas vinculadas aos temas da Mística e da Ascese. Iniciado em março de 2010, mantém reuniões periódicas, no decurso das quais os membros do grupo apresentam internamente suas pesquisas e decidem os encaminhamentos das atividades do grupo. Além da realização de grupos de estudos e eventos acadêmicos, o grupo tem como objetivo produzir textos que representem as conclusões de suas pesquisas. Os temas principais pesquisados são: Relações entre Mística e Literatura na contemporaneidade; a Mística Neoplatônica (Plotino, Proclo e Pseudo-Dionísio); mística dos Primeiros Padres (Orígenes, Evágrio, Agostinho), Mística e Psicanálise (Freud, Fichte) Místicos Contemporâneos (Simone Weil, Christian de Chergé, Dietrich Bonhoeffer, etc). 

Palavras-chave: mística, literatura, filosofia, interdisciplinariedade, antiguidade, contemporaneidade 

Abstract 

This article aims to present a brief overview of the Apophatiké group: Interdisciplinary Studies in Mysticism. The group brings together researchers from various academic areas, especially Philosophy, Theology, Literature, Psychology and Sciences of Religion, from various institutions in Brazil, whose research is linked to the themes of Mysticism and Asceticism. Started in March 2010, it holds periodic meetings, during which the group members present their research internally and decide on the direction of the group’s activities. In addition to conducting study groups and academic events, the group aims to produce texts that represent the conclusions of its research. The main themes researched are Relations between Mystics and Literature in contemporaneity; the Neoplatonic Mystique (Plotinus, Proclus and Pseudo-Dionysius); Mystics of the First Fathers (Origen, Evagrius, Augustine), Mystics and Psychoanalysis (Freud, Fichte) Contemporary Mystics (Simone Weil, Christian de Chergé, Dietrich Bonhoeffer, etc). 

Keywords: mystic, literature, philosophy, interdisciplinarity, antiquity, contemporaneity 

1. Introdução

O objetivo do grupo é produzir um ambiente de troca e aprimoramento de pesquisas e atividades acadêmicas relativas aos temas da Mística e da Ascese. Estes temas são desenvolvidos tanto a partir de seu ponto de vista histórico, quanto em sua relação com as diversas disciplinas, especialmente com a Filosofia, a Psicologia, a Teologia e a Literatura. A partir destas pesquisas e atividades acadêmicas, o grupo organiza suas produções bibliográficas em livros e artigos. Além das produções individuais de seus membros, foi publicado em 2015 pela Paulus o livro Narrativas Místicas, uma coletânea de textos básicos de místicos produzidos ao longo da história. No ano de 2021 foi publicado o livro Mística e Ascese, também obra coletiva, anais de um evento promovido pelo grupo no ano de 2013, publicado pela Editora da PUC-Rio em parceria com a Editora Vozes. Ainda neste ano de 2021 deverá sair uma terceira obra coletiva, desta vez publicada exclusivamente com o selo da Vozes, intitulado A mística e os místicos. O livro apresenta e trabalha conceitos da mística em si mesma ou em diálogo com outras disciplinas assim como pequenas biografias e textos de místicos desde as origens do Cristianismo até a contemporaneidade. 

O grupo não se ocupa principalmente nem somente com mística e literatura como a maior parte dos grupos presentes na consulta da ALALITE seção Brasil. Há um profundo diálogo com as outras disciplinas – filosofia, história, psicologia, teologia, etc – o que inclui a literatura. E esta é mesmo o eixo fundamental do trabalho de pesquisa de alguns membros. Mas todos estão abertos ao diálogo interdisciplinar inclusive com a literatura. 

2. Panorama histórico, referenciais teóricos e articulação metodológica 

O discurso da “teopoética” em geral e particularmente na intersecção entre mística e literatura é um lugar de entrelaçamento cultural onde se conectam teologia, literatura, estética, espiritualidade e todas as formas da arte. A linguagem humana, na medida em que se realiza, toma consciência do que lhe foi dado, fala do que ouviu, do que recebeu e do que acolheu como dom primordial e mistério indecifrável e inefável que é fonte de tudo o que pode ter sido caos, mas que pode igualmente constituir vida para muitos. A mística toca na literatura não apenas naquilo que se convencionou chamar de escritos literários, mas sobremaneira porque a experiência mística, para muitos dos autores referenciais do grupo, passa necessariamente pela experiência do texto e da tentativa de articulação da linguagem, na sua elaboração e enunciação; justamente no ponto em que a experiência mística busca enunciar sua realidade, ela se utiliza da textualidade (como método de tecer e tramar diversas perspectivas da experiência humana) para se comunicar, transmitir e se realizar. 

Em uma mudança de era como a nossa, quando por um lado se está vivendo a crise de uma sociedade secular e plural e, por outro, inúmeras novas potencialidades são vislumbradas para a humanidade, mística e poesia não fingem, como as ciências duras, perguntar o “porquê” da existência. Pelo contrário, o místico e o poeta “sabem” e conhecem esse porquê, já que o sentem tateando, recebendo essa sabedoria do Mistério por inspiração. 

Alguns autores têm sido verdadeiros referenciais teóricos para os membros do grupo. O mais importante, sem dúvida, é o historiador da mística estadunidense Bernard McGinn que vem escrevendo uma série de volumes absolutamente indispensáveis para esse estudo. Sobretudo o primeiro volume, onde McGinn explicita aquilo que entende por fundamentos da mística cristã no Ocidente, foi lido e refletido em grupo durante um longo tempo e até hoje constitui um importante referencial teórico. McGinn pesquisa a experiência mística no fio da história, trazendo suas reflexões para o entramado das diversas correntes interpretativas, confessionais ou não. 

Após a leitura do primeiro volume o grupo se aprofundou nos volumes seguintes, de acordo com seus interesses mais imediatos. Destacase o subgrupo que trabalha com os escritos das beguinas, que encontra em McGinn um referencial histórico sólido e seguro para a interface entre mística, literatura e ética. Muito antes dos estudos de gênero serem uma área de investigação com vasto material, os textos de beguinas como Hildegarda de Bingen, Marguerite Porete, Hadewjich de Antuérpia e outras dedicaram-se à arte da palavra a partir de suas experiências místicas no feminino e isso traz instigantes reflexões para o grupo na sua interdisciplinariedade, procurando as áreas de diálogo da mística com a estética: literatura, poesia e arte. 

Outro referencial teórico de importância singular é Michel de Certeau, o grande pensador francês, cujo primeiro volume da Fábula Mística também foi estudado e debatido em grupo. De Certeau, pensador plural e multidisciplinar ele mesmo, abre a interface da mística em seu diálogo com a literatura, a psicanálise e a história. Seus estudos trazem pela primeira vez a relação entre mística e corporeidade, interface que impacta nos estudos de alguns membros do grupo que se ocupam de escritores e sobretudo escritoras contemporâneas brasileiras como Adélia Prado, Clarice Lispector, Hilda Hilst e Sophia de Mello Breyner entre outras. Michel de Certeau traz ainda o importante debate sobre o lugar da teologia no átrio das ciências humanas, muito especialmente com a filosofia, a literatura e a mística. Seus ensaios críticos do volume La faiblesse de croire têm sido importante textos de reflexão para os trabalhos do Apophatiké. Há a expectativa de organizar um evento sobre sua obra coordenado pelos membros do grupo no próximo ano. 

Juan Martin Velasco, o grande filósofo espanhol da religião, recentemente falecido, tem igualmente sido uma referência importantíssima de estudo para o grupo, não apenas em termos de história da mística, mas sobre sua sistematização. No diálogo entre mística e filosofia, destacam-se os seguintes autores: além dos representantes da Escola de Frankfurt em geral, Maurice Blanchot crítico literário e grande pensador, Henri Bergson, Henri Bremond, historiador e filósofo assim como Georges Bataille, Jean Baruzi e Wouter Hanegraaff. Porém inegavelmente a concentração do trabalho de uma boa parte do trabalho do grupo está com a filosofia antiga, muito particularmente Platão, Plotino e Dionísio. Ao lado desses, Evagrio, Orígenes e vários outros. Quanto a uma psicologia que dialoga com a filosofia e a religião estão os trabalhos de Julia Kristeva e William James. Um membro do grupo, que vem da área da Psicologia, trabalha sobre a correspondência entre Freud e Oskar Pfister. Mencionase igualmente como referencial teórico de importância o grande pensador judeu Gerschom Scholem e seus incomparáveis escritos sobre as correntes da mística judaica. Tal como descrito nos projetos a seguir, existe uma pesquisa no grupo sobre Abraham Haschel e Scholem é a mais importante referência. 

Outro referencial teórico importante, que abre um diferente eixo de pesquisa, sobre a literatura russa é a obra de Dostoiévski. Ao lado de Tolstói e outros, o autor russo tem sido estudado e trazido importantes intuições e contribuições para a mística em diálogo com a literatura. Neste ano do seu bicentenário, Dostoiévski tem ocupado um espaço importante na pesquisa do grupo, formando um subgrupo que faz o diálogo entre mística e literatura a partir de seus escritos. O diálogo entre a mística que perpassa os escritos de Dostoiévski com seus contornos cristãos orientais e sobretudo com suas grandes questões morais têm crescido e se firmado nos trabalhos do grupo. 

Para todos que se aprofundam na interface mais específica da mística com a literatura Octavio Paz tem sido um referencial teórico da maior importância. Toda a sua obra abre espaços e novas fronteiras para que a mística entre como interlocutora inaugurando novos espaços dialogantes das relações entre mística e literatura. 

3. Projetos de pesquisa em andamento 

Há projetos de pesquisa que se encontram em andamento, do qual participam, além do coordenador do projeto, pesquisadores adjuntos e estudantes de pós-graduação. 

3.1 Literatura de autoria feminina na Idade Média: Escritas transgressoras como expressão de uma poética do sagrado

O projeto se desenvolve na Pós-graduação em Literatura e Interculturalidade (PPGLI/UEPB) e na Graduação em Filosofia (UEPB) e inclui a mística feminina, já que muitos dos textos trabalhados são textos que giram em torno do tema da mística. Na Pós há, no momento, duas orientações em andamento. Uma em Hildegard von Bingen e outra em Marguerite Porete. Na Graduação, vários projetos de pesquisa e extensão já foram realizados a partir deste e vários TCCs (trabalhos de conclusão de curso) executados. 

Coordenadora: Maria Simone Marinho (UEPB) 

3.2 Tradição delirante: das mulheres visionárias medievais à poesia brasileira contemporânea 

Se normalmente se supõe que a “tradição” seja conservadora, mantenedora da ordem e dos bons costumes, o que seria uma tradição delirante? “Delírio” Vem de deliriare (estar louco), que provém da junção de (para fora) e lira (sulco do arado). Delirar é, portanto, sair fora do sulco do arado, isto é, desviar-se da linha. Tradição delirante é, então: a transmissão daqueles que se desviam da norma, da conduta correta. Estes necessariamente devem irritar os guardadores da boa conduta, da razoabilidade, da retidão. 

Coordenador: Eduardo G. Losso (UFRJ/CNPq) 

3.3 A lírica de Hilda Hilst, em especial suas influências gnósticas e a retórica apofática 

Uma referência teórica frequente em meus textos é o pensador Georges Bataille, principalmente suas teorizações sobre erotismo, além de Octávio Paz, esse último gosto principalmente em suas articulações sobre poesia e mito, poesia e sagrado. A pesquisadora, em seus textos mais recentes, tem experimentado uma escrita mais independente de arcabouços teóricos explícitos, e ensaiado uma interpretação mais autoral. 

Coordenadora: Cleide Oliveira (UFRJ)  

3.4 Idiotice e santidade em Clarice Lispector 

Associado à loucura, o tema da idiotice não é, como pode parecer, algo restrito a um romance, na obra de Clarice. Muitas vezes conectadas à inocência, displicência, deslocamento do mundo, imundice, personagens transitam entre o conhecimento e a ignorância mantendo-se, no entanto, como modelos de uma certa sabedoria. Para esse nosso projeto, nos pautaremos, como eixos, mas não exclusivamente, em dois romances, Perto do coração selvagem e A hora da estrela, respectivamente, o primeiro e o último da nossa autora. 

Coordenador: Cicero Cunha Bezerra (UFS/CNPq) 

3.5 Corpo perfurado e repartido: mística e corporeidade na narrativa de mulheres contemporâneas 

Este projeto pretende estudar a relação entre a mulher e religião a partir do viés da corporeidade. No fundo de todas as discriminações contra o chamado “segundo sexo” encontram-se grandes questões a respeito de sua corporeidade. E se isso vai sendo superado dentro da sociedade, com o maior acesso da mulher ao mercado de trabalho e a possibilidade de planejar a gravidez e a maternidade, não é assim dentro dos espaços religiosos. E a pedra de tropeço nestes espaços é sobretudo a corporeidade feminina, que a exclui dos cargos de maior responsabilidade e a situa no lugar ambíguo da tentação, do pecado e do medo. Tomando como ponto de partida a teologia cristã sobre a mulher em diálogo com o pensamento da psicanalista e semióloga búlgaro-francesa Julia Kristeva, procuraremos aprofundar os conceitos que se encontram na base dessa questão em chave interdisciplinar. Visitaremos para isso os textos de místicas contemporâneas como Simone Weil, Edith Stein e Etty Hillesum, assim como de escritoras e poetisas que expressam no texto literário sua vivência corpórea e seus desejos espirituais e místicos. Dentre estas, Adelia Prado, Clarice Lispector, Sophia de Melo Breyner entre outras. 

Coordenação: Maria Clara Bingemer (PUC/RJ) 

3.6 Rubem Alves: teoria da religião e teopoética

O projeto tem como objetivo pesquisar o corpus bibliográfico de Rubem Alves a partir de três momentos distintos: a fase inicial da sua produção, que inclui as obras Da Esperança e A gestação do Futuro; a fase intermédia que incluí as obras O enigma da religião, Protestantismo e repressão, O que é religião, o suspiro dos oprimidos e Dogmatismo e tolerância e, por último, a fase poética que inclui as obras Variações sobre a vida e a morte (1981), Creio na ressurreição do corpo (1982),  Poesia, profecia, magia: meditações ( 1983) e Pai Nosso: meditações (1987). 

Coordenação: Prof. Dr. Edson Fernando de Almeida (UFJF) 

3.7 Religião e Mística

Mística e religião no pensamento contemporâneo buscam realizar um estudo envolvendo diferentes campos disciplinares – literatura, teologia e filosofia – sobre mística e religião: mística e literatura contemporânea, linguagem e religião, mística e poesia. 

Coordenação: Josias da Costa Júnior (UEPA) 

3.8 Ascese e mística nos inícios do monasticismo cristão

Ocorre no século IV d.c. e inícios do V d.c. a consolidação de um movimento singular e radical para a história do cristianismo: o surgimento do monasticismo. Com ele, a enigmática figura do monge asceta desponta como uma nova identidade cristã, com suas regras de conduta e valores, centradas nas práticas ascéticas. A partir desta nova identidade, são também criadas novas identidades sociais e eclesiásticas, gerando uma força político-social que terá profundas influências em nossa história. Suas práticas ascéticas teriam como objetivo produzir a salvação através da pureza de coração, sendo esta a expressão da proximidade de Deus nas vidas destes monges. Neste sentido, é inegável que o ascetismo monástico está estreitamente vinculado à mística cristã, entendendo esta última como a experiência da presença da divindade nas vidas dos crentes. A mística passa, então, a ter forte influência do movimento monástico em toda a história do cristianismo, mesmo que ela possa ser identificada em diversos outros estratos da vida cristã. Com isso, é praticamente impossível desassociar ascese e mística no monasticismo, gerando um objetivo duplo nesta pesquisa, isto é a ascese e a mística em suas relações e diferenças, centradas nas práticas ascéticas dos monges nos séculos IV d.c. a V d.c.. 

Coordenação: Marcus Reis Pinheiro (UFF) 

4. Perspectivas e panoramas futuros

Quando pensamos em perceptivas futuras da pesquisa, o grupo pretende continuar trabalhando nessa interface entre mística e literatura como um dos seus principais eixos de trabalho. O evento programado ao redor de Michel de Certeau terá uma seção que se ocupará dessa interface. Assim também membros do grupo participam e são membros da Asociación Latinoamericana de Literatura y Teologia, apresentando trabalhos em seus congressos e publicando produções a partir delas. 

Existe um eixo firme de trabalho em torno de Clarice Lispector, Adélia Prado, Hilda Hilst e Sophia de Mello Breyner Andresen. Pesquisadores do grupo continuarão se debruçando especificamente sobre as obras dessas poetas cujos versos são místicos com ou sem confessionalidade. 

O projeto da Tradição delirante também conhecerá continuidade, agregando inclusive novos pesquisadores em torno de si. Assim também começa a despontar um interesse por parte de alguns pesquisadores pela música, muito concretamente o rock e a música pop moderna e contemporânea, extraindo daí fios de ligação com a mística. 

Planejam-se para os dois próximos anos dossiês em revistas homenageando pesquisadores seniores que iniciaram todo esse diálogo. O resgate da trajetória da rede interdisciplinar de mística será objeto de uma dessas publicações. Assim também a discussão entre mística e política. 

Referências 

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