TEOLITERARIA - Revista de Literaturas e Teologias
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<p><strong>Teoliterária</strong> - (Revista de Literaturas e Teologias) é uma publicação inicialmente semestral, e passando a quadrimestral à partir de 2019, do Programa de Estudos Pós-Graduados em Teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC SP) e do Programa de Pós-Graduação em Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC PR), em parceria com a Associação Latino Americana de Literatura e Teologia (ALALITE), o Centro de Estudos de Literatura, Teorias do Fenômeno Religioso e Artes (CELTA) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e o Centro de Investigação em Teologia e Estudos da Religião (CITER) da Universidade Católica Portuguesa (UCP). A Teoliterária é classificada como A2 no Qualis CAPES. ISSN 2236-9937.</p> <p><strong>Missão:</strong> A Teoliterária tem por missão veicular trabalhos científicos que contribuam para o avanço da pesquisa na área do diálogo entre literaturas e teologias, bem como demais interfaces de linguagem como arte, teatro, cinema e outros. A Teoliterária assume tanto a pluralidade de literaturas quanto a pluralidade teológica em seu escopo epistemológico, objetivando um diálogo crítico e integrador, aberta assim ao diálogo, a interdisciplinariedade e a pluralidade de ideias.</p> <p> </p>Pontifícia Universidade Católica de São Paulopt-BRTEOLITERARIA - Revista de Literaturas e Teologias2236-9937<p>A <strong>TeoLiterária</strong> – <em>Revista de Literaturas e Teologias</em> é detentora dos direitos autorais de todos os artigos publicados por ela. A reprodução total dos textos em outras publicações, ou para qualquer outro fim, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do editor. Reproduções parciais de artigos (resumo, abstract, mais de 500 palavras de texto, tabelas, figuras e outras ilustrações) deverão ter permissão por escrito do editor e dos autores.</p> <p><a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /> </a><a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Attribution 4.0 International License</a>. </p>Nominata 2023
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Antonio Genivaldo Cordeiro de Oliveira
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2023-12-272023-12-271331233235A filosofia é um niilismo
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<p class="p1">Ao inaugurar a oposição entre o sensível e o inteligível, entre o ser e o aparecer, a metafísica idealista impôs um golpe de força ontológico que está na origem da determinação da filosofa como niilismo, como um prometeísmo da vontade e narcisismo da interioridade. É necessário substituir o ser pelo desaparecer a fim de imprimir um questionamento no interior dos conteúdos positivos e existenciais, o nascer e o morrer, o viver e o experimentar, o vir ao mundo e o existir. A filosofia é um niilismo, mas, na sua condição de <em>Pharmakon</em>, ela também pode oferecer um remédio para os seus próprios demônios. O “desprendimento” cartesiano, a “suspensão voluntária da descrença” (Coleridge), o conatus interruptus, o despojamento da inteligência, a probidade ou, ainda, as poéticas do involuntário são todos brechas no interior do seu edifício inexpugnável</p>Gerard Bensussan
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2023-12-272023-12-271331173510.23925/2236-9937.2023v31p17-35L’ethos du nihilisme
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<p>Dans le <em>Gai savoir</em>, Nietzsche décrit la situation de l’homme face à la mort de Dieu par le recours à l’image de l’« errance dans un désert infini ». L’article prétend discuter l’enjeu philosophique de cette « errance », afin d’exhiber la spécificité de l’expérience nietzschéenne du nihilisme et de comprendre dans quelle mesure par ce sujet Nietzsche définit un <em>ethos</em>, inouï dans l’histoire de la pensée, qui l’oppose à la tradition nihiliste russe. Au même moment, l’article avance l’hypothèse selon laquelle cette « errance » annoncée par Nietzsche s’effectue très précisément dans le mode d’écriture de la littérature, qui contamine avec Nietzsche la parole philosophique. On veut montrer qu’il y a une liaison très forte entre le problème du nihilisme nietzschéen et l’exigence d’un langage qui n’est plus celui de la vérité, mais celui de la fiction ou d’un dire « errant » qui reste confiné au rien-à-dire. Face au problème du nihilisme, la philosophie doit – d’un devoir que l’on éclaircira ici à travers une brève référence à Heidegger et Nancy – rejoindre l’écriture littéraire ou se faire à travers elle.</p>Andrea Potestà
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2023-12-272023-12-271331365310.23925/2236-9937.2023v31p36-53Tolstói e a escritura do niilismo
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<p>O artigo analisa a presença e o significado do niilismo na arte e no pensamento de Tolstói. Argumento que a criteriologia filosófica de Jacobi, a definição do <em>idealismo como um niilismo</em>, alcança o essencial do que se pode chamar de “niilismo de Tolstói”, lançando luzes sobre uma escritura que traduziu, ao mesmo tempo, o<em> niilismo e o antiniilismo </em>do pensador e do artista de Iasnaia Poliana. Da mesma forma, argumento que o narcisismo que habita o idealismo encontrou na escritura do romance russo uma experiência de interrupção, que buscou, tal como encontramos na escritura de Tolstói, ir além dos excessos de uma consciência incapaz de sair de si mesma. Por fim, considero que os conflitos entre o pensador e o artista, que se mantiveram ininterruptamente presentes na trajetória de Tolstói, devem ser lidos à luz do desenraizamento da modernidade russa, dos excessos de consciência encarnados nos seus Hamlets, e na procura, quixotesca, que é o princípio antiniilista do romance russo, por uma verdade que se encontra <em>fora</em> da pessoa isolada.</p>Jimmy Sudario Cabral
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2023-12-272023-12-271331547210.23925/2236-9937.2023v31p54-72Etty hillesum
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<p>Etty Hillesum foi uma judia holandesa que morreu muito jovem aos 29 anos, em Auschwitz. De extrema inteligência e profundidade, apesar de ser formada em direito e psicologia, dedicou-se muito à literatura, sobretudo russa e alemã. Com escritores e poetas Etty vai iniciar um processo de construção interior que impacta em sua própria escrita e a faz, posteriormente, em meio ao horror da perseguição aos judeus, assumir compromissos vitais e escrever uma teopoética testemunhal. Este texto toma alguns elementos dessa rica trajetória para perceber o fio condutor da mesma enquanto iniciação e pedagogia de uma estética impregnada da inspiração divina e de amor pelo povo e pela humanidade.</p>Maria Clara Bingemer
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2023-12-272023-12-271331739510.23925/2236-9937.2023v31p73-95A literatura como exercício espiritual em José Tolentino Mendonça
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<p class="p1">O artigo pretende apresentar uma hermenêutica da literatura em José Tolentino Mendonça a partir da noção de exercícios espirituais. Não se trata de simplesmente afirmar que o poeta português está inserido numa tradição religiosa, mas, antes, de perceber como, no seu fazer poético e na sua compreensão acerca da literatura, o autor reflete e refrata elementos da espiritualidade cristã. Para realizar esse objetivo, o percurso argumentativo do artigo vai, num primeiro momento, de uma descrição da tradição dos exercícios espirituais e sua incorporação por José Tolentino Mendonça a um destaque aos discursos feitos no retiro espiritual do Papa e da Cúria Romana, em 2018, ocasião em que foi o pregador.</p>Marcio CappelliAlex Villas Boas
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2023-12-272023-12-2713319611710.23925/2236-9937.2023v31p96-117Da suspensão da “não-crença” niilista à fé poética e algumas variações
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Antonio Genivaldo Cordeiro de Oliveira
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2023-12-272023-12-27133161110.23925/2236-9937.2023v31p6-11Literatura e ética
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<p>.</p>Jimmy Sudário Cabral
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2023-12-272023-12-271331121610.23925/2236-9937.2023v31p12-16Recepção do texto bíblico em Man Gave Name To All The Animals de Bob Dylan
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<p>Bob Dylan (n. 1941), cantor, compositor e escritor estadunidense há mais de meio século tem sido uma das figuras mais destacadas e influentes no cenário da cultura <em>pop</em> mundial. O presente artigo tem objetivo de analisar como o texto bíblico de Gênesis 2.19b-20a (“o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles. Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos”) em sua canção <em>Man gave to all the animals</em>, de 1979. Para tanto, o artigo terá a seguinte estrutura: (1) apresentação de aspectos da vida e obra de Bob Dylan; (2) análise da letra e da música da canção; (3) apresentação da releituras da canção no cenário da cultura pop mundial (inclusive no Brasil) e (4) considerações críticas sobre a recepção do texto bíblico na mencionada canção. Desta maneira o artigo pretende apresentar um “triálogo” crítico entre literatura, música e a teologia e os estudos de religião.</p>Carlos Ribeiro Caldas FilhoFelipe Marçal Anunciação
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2023-12-272023-12-27133111814110.23925/2236-9937.2023v31p118-141Makunaima e Melquisedeque
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<p class="p1">smo de Jaider Esbell, artivista indígena do povo macuxi RR, propondo uma aproximação semântica com o capítulo 7 da Epístola aos Hebreus em busca de evidenciar paralelismos, correspondências e possíveis contribuições decoloniais no mito de Melquisedeque, que contribuam para a reconstrução de narrativas interculturais e interfé. O texto é tratado a partir de uma hermenêutica da suspeita, buscando traçar ausências ou possíveis ocultações no texto que se dariam por exacerbações de características das personagens, ou por ênfases estilísticas que podem ou não, sinalizar tanto a destinação da enunciação, quanto perspectivas tradicionais reproduzidas ali. A ideia é discutir o texto bíblico em sua polissemia e a personagem Melquisedeque em sua ambiguidade intrínseca, apontando para questionamentos às noções de exclusivismo, colonialismo e patriarcado presentes na autoridade mítica e profética de Makunaima, evocado na obra Jaider Esbell. O artigo busca assim, contribuir para o reconhecimento do discurso teopoético como parte de uma epistemologia de fato dialogal, em que haja horizontalidade nas reflexões interfé sobre o cuidado com a Criação.</p>William Rezende QuintalCarolina Bezerra de Souza
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2023-12-272023-12-27133114216110.23925/2236-9937.2023v31p142-161O mistério do coração humano
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<p>O presente artigo faz análise do romance <em>Gilead </em>(2005) da escritora estadunidense Marilynne Robinson, e das possibilidades de intercâmbio entre o discurso ficcional e o teológico na obra. Publicado nos Estados Unidos em 2004, <em>Gilead </em>é um longo diário ficcional de um pastor calvinista interiorano, que, por meio de suas reflexões pessoais e problemas de sua vida, reflete sobre tópicos da teologia cristã. Nesta análise, tomaremos os ensaios própria autora — em <em>The Death of Adam: Essays on Modern Thought (1996), Além da mente (2010), When I Was a Child I Read Books (2012) e The Givenness of Things (2015) — </em>para verificar a maneira como Robinson articula as ideias teológicas de seus textos ensaísticos dentro de sua obra ficcional. Em seus ensaios, a autora também dialoga com importantes pensadores protestantes, como João Calvino (2009) e Karl Barth (2012), cujas teses são pertinentes em parte do desenvolvimento de <em>Gilead. </em>O objetivo desta análise é demonstrar como um romance contemporâneo se apropria da linguagem teológica para o desdobramento de seu discurso ficcional.</p>Thiago Francisco
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2023-12-272023-12-27133116219010.23925/2236-9937.2023v31p162-190A Presença da religiosidade em Augusto dos Anjos
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<p>O presente artigo tem como proposta promover uma reflexão sobre a presença da religiosidade na obra de Augusto dos Anjos, elencando e analisando os elementos e os símbolos nela presentes que possam ser entendidos como de natureza religiosa. Para enriquecer a discussão, foram destacados da fortuna crítica do poeta trabalhos como o de Márcia Peters Sabino (2005), que discorre sobre a presença (ou não) da religiosidade na obra do poeta, defendendo que esse promoveu a desconstrução dos símbolos e temas religiosos, e o de Maria Olívia Garcia Ribeiro de Arruda (2009), que, ao discorrer sobre o poema A um carneiro morto, traz uma análise que o associa mais a um contexto histórico do que a uma temática religiosa. Por meio da análise parcial de alguns trechos de poemas citados por Sabino e da análise detalhada do poema A um carneiro morto, citado por Arruda, esse trabalho propõe uma versão de análise alternativa àquelas das referidas autoras.</p>Miguel Costa
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2023-12-272023-12-27133119120910.23925/2236-9937.2023v31p191-209A Terra das Fadas de J.R.R. Tolkien
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<p>Este artigo investiga o ensaio <em>Sobre Estórias de Fadas</em>, de J.R.R. Tolkien, com o objetivo de delinear uma hermenêutica para a metáfora de “Feéria”, a Terra das Fadas, sempre em diálogo com a tradição filosófica da antiguidade grega, especificamente com <em>A República</em> de Platão, <em>De Anima</em> e <em>Poética</em> de Aristóteles e a Suma Teológica de São Tomás de Aquino. O contexto histórico da Inglaterra do início do século XX e a biografia de J.R.R. Tolkien endossam a pertença deste autor a uma tradição religiosa e filosófica católica que recuperava a filosofia dita realista como fundamento da compreensão do mundo. A partir dessa abordagem teórico-metodológica, encontramos uma dupla significação para Feéria, sendo primeiramente, de inspiração mais platônica, a realidade intermediária entre a dimensão sensível, captadas pelos sentidos do homem, e a dimensão inteligível, constituída pelas ideias que enformam as coisas materiais; em uma segunda interpretação, de matiz mais aristotélica, a metáfora das Terra das Fadas pode ser compreendida como a matriz de possibilidades combinatórias pela linguagem das formas oriundas da percepção da realidade pela mente humana, sendo Feéria constituída pela imaginação ou fantasia, essa capacidade do homem de formar imagens a partir da memória e que serve de base para a abstração das formas universais. </p>Diego Genu Klautau
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2023-12-272023-12-27133121023210.23925/2236-9937.2023v31p210-232