RITUAIS E ROSTOS DE UM SOLO CALCINADO

Autores

  • Marcelo João Soares de Oliveira PUC-SP

Palavras-chave:

Ritual, identidade, sociedade, exclusão, denúncia, Modernidade.

Resumo

Nas culturas em contato de Canindé, observam-se aspectos das tradições afro-brasileira e indígenas, um perigo é a invasão do outro, retirando de dentro de cada um os elementos que constituem o arcabouço da identidade: as crenças, os valores, as riquezas. É por isso que no solo calcinado canindeense, pisa uma cultura hibrida da "possessão", do "encosto". Este modo social de construção da realidade, que é a possessão, fala da dominação e posse do outro. Quem seria este que invade o ser humano, senão as imposições sociais, dominações dos colonizadores, pessoas e sistemas ávidos de lucros e poder? As culturas fornecem instrumentos para proteger o homem e salvaguardar a identidade ameaçada pelo novo contexto. O "o que sou" passa a, "em que eu acredito". Através dos rituais religiosos se tenta responder ao quem sou eu neste novo mundo, onde o santo vivo e espíritos constituem a realidade, o recurso acessível, disponível. O objetivo deste estudo foi procurar entender nos rituais e nos símbolos, o ambiente em que estão inseridos. Os resultados refletem uma nova percepção acerca das devoções, da Modernidade, da busca de sentido, da identidade, dos conflitos e do convívio social.

Biografia do Autor

Marcelo João Soares de Oliveira, PUC-SP

Doutorando em Ciências da Religião – PUC-SP

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Como Citar

João Soares de Oliveira, M. (2013). RITUAIS E ROSTOS DE UM SOLO CALCINADO. Último Andar, (17), 57–70. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/ultimoandar/article/view/13275

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