n. 34 (2019): Religião e Política

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Mesmo em estados laicos, religião e política podem andar de mãos dadas. Essa mistura de poderes pode ser quase imperceptível como o “Deus seja louvado” impresso no nosso papel moeda, ou menos inocente como a fala do presidente Jair Bolsonaro: “o Estado é laico, mas o presidente da República é cristão”, ao justificar que deseja um ministro do Supremo “terrivelmente evangélico”.

Mas o fato é que, implícita ou explícita, a relação entre religião e política acontece desde tempos imemoriais: ora usada como arma de segregação do “diferente”, ora para perpetuar grupos dominantes no poder. Como as diversas denominações veem essa ligação imbricada entre crenças e posicionamentos políticos? Até onde é possível ir sem descaracterizar o chamado estado laico? O estado realmente laico é possível ou uma utopia? As diversas teologias se maculam ao conviver mais intimamente com o poder?

Publicado: 2019-12-27