Ela fez o milagre e instituiu uma nova realidade
Mots-clés :
Religião, mulher, fenomenologia, símboloRésumé
Em março de 1889, a hóstia consagrada sangrou na boca de uma beata pobre, negra e analfabeta: Maria de Araújo. Uma primeira investigação concluiu que era milagre. Uma segunda, que era fraude grosseira da beata e seus comparsas, incluindo Pe. Cícero. Este trabalho analisa e considera que o “milagre” foi a resposta a um profundo conflito entre o catolicismo romanizado e o catolicismo popular. A resposta deu-se em forma de um símbolo que uniu duas realidades antagônicas em uma nova, pois símbolo é uma palavra que institui realidades, forjando o futuro nos moldes de um passado que se quer eternizado.
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