TECHNÉ, TECNOLOGIA E A CRÍTICA DO DEUS METAFÍSICO EM HEIDEGGER
DOI:
https://doi.org/10.23925/1980-8305.2018i2p102-110Parole chiave:
técnica, Deus, pós-metafísica, Martin HeideggerAbstract
Uma das principais inquietações do denominado segundo Heidegger é acerca da técnica moderna e sua instauração como 'ápice' da metafísica, a consumação do processo histórico de fixação e mensuração do Ser. Embora já presente no clássico 'Ser e Tempo', é na conferência 'A Questão da Técnica' que o filósofo alemão trabalha a técnica para além de uma abordagem instrumental e orientada para os objetos técnicos. Para ele, técnica é o modo pelo qual as coisas se apresentam como existentes para o ser humano na contemporaneidade, como coisas passíveis de produção, problematização, cálculo e reprodutibilidade. Heidegger aponta este pensamento como sendo o ápice de uma história (Seingeschichte) de constante apreensão do Ser que se inicia com os gregos, através de Platão. A partir da crítica de Heidegger à metafísica e de sua forma de expressão contemporânea, a técnica, este trabalho busca traçar, por meio da própria reflexão do filósofo no texto acima citado e em outras obras, uma crítica da teologia conforme esta se desenvolveu dentro da metafísica e se encontra na era da técnica moderna. Desta maneira, procura contribuir para se pensar Deus e a teologia fora da metafísica. A análise teórica conta também com uma revisão bibliográfica de autores intérpretes da filosofia heideggeriana.
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