n. 34 (2018): Verve

					Visualizar n. 34 (2018): Verve

ao lado do punhado de pássaros contra o grande costume, como o poema de júlio cortázar, verve está no ar. no calor dos acontecimentos, agora, edson passetti e gustavo simõesapresentam a intensa aula-teatro 68: invenções e resistências;julian beck descreve a marcante ruptura do the living theatrecom o festival de avignon; joão da mata recorda a anarquia e o tesão de roberto freire, assim como ana carolina arruda de toledo murgel lembra luhli, entre outras existências vibrantes, expondo a liberação ética e estética transcorrida no final da década de 1960. ainda nesta edição, em entrevista especial, ricardo líper comenta as resistências anarquistas na ditadura civil-militar, suas práticas libertárias hoje e os sonhos com emma goldman. intempestivos, os combates contra o estado são sublinhados por sebastián stavisky e sua aproximação entre a antropologia de pierre clastres e os anarquistas. camila jourdan e suas considerações libertárias acerca de 2013, no brasil, estabelecem uma conexão direta com os hypomnematas do nu-sol, páginas únicas nesta verve, lembrando os cinco anos das jornadas de junho, e um alerta urgente contra a sentença de aprisionamento dos 23. por fim, e ainda nas reverberações destas lutas no presente,acácio augusto analisa as semelhanças, mas, sobretudo, as diferenças entre as mudanças radicais irrompidas com as manifestações de 68 e as políticas surgidas nos protestos globais de 1999. sobre os livros: vitor osório, a partir de simone weil, alerta para as conivências da democracia com os fascismos e flávia lucchesi, com maria lacerda de moura, afirma ainda hoje a atualidade singular da anarquista. ao lado do punhado de pássaros contra o grande costume e com poesias da exuberante diane di prima, que atravessa a revista como uma flecha certeira, verve está no ar, como a anarquia, agora.

Publicado: 2018-10-18