n. 16 (2009): Verve

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quando a escolarização se torna um dispositivo que ultrapassa a obediência e a instrução para fazer funcionar uma máquina de governo, é preciso voltar à atualidade de sébastien faure e às inquietações que ultrapassaram sua época.

é preciso mais do que coexistir nas diferenças anarquistas e ressaltar a importância das tecnologias de comunicação imagéticas desde o cinema, com as inovações estético-políticas anarquistas; a arte e a atenção do anarquista jean dubuffet; as peças do teatro anarquista do início do século passado e as experimentações atuais do nu-sol; a escrita libertária; a importância de arquivistas como edgar rodrigues e pietro ferrua; as sutilezas de simone weill, a coragem de verdade de michel foucault.

heterotopias realizando nossas urgências sem retórica, solipsismo, tratado, ordenamento, encômio, proselitismo. não falamos em nome de e tampouco somos condutores de consciência. permanecemos livres e insurretos.

verve vive todos estes 8 anos, mostrando páginas anarquistas do passado e do presente em suas atualidades, por vezes imprecisas, aproximando e afirmando sua perspectiva, encontrando percursos, revirando o oito em infinito em pé. verve não se deixa apanhar por identidades, mantém seu vigor pela entrada libertária e com portas livres para saídas. verve expõe os riscos; não é fiel a doutrinas e propicia fugas: toda invenção do novo começa por uma fuga.

com verve 16 encerramos uma fase que nos impulsionou para o que já aflorou em nossas vidas e será mostrado a partir do próximo número. em verve 17 manteremos o formato, com novos intervalos; incorporaremos brevíssimas anotações; reduziremos suas páginas por escolha própria, combinando artigos consistentes, arquivos, resenhas, poesia, teatro e imagens com outras experimentações libertaria-mente.

verve é ingovernável.

Publicado: 2011-02-11