UM BONDE CHAMADO DESEJO: A “COISA FREUDIANA” COMO TRAJETÓRIA DE LEITURA

Autores

  • Mariana Garcia de Castro Alves Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) http://orcid.org/0000-0002-0130-0078

Palavras-chave:

Linguagem, Freud, Gênero

Resumo

Este artigo faz uma leitura de “Um bonde chamado desejo”, peça escrita por Tennessee Williams em 1947, a partir de apontamentos oriundos da psicanálise. O objetivo é compreender, por meio de uma reflexão sobre linguagem conjugada a uma visada de gênero que retoma a “coisa freudiana”, aspectos que movem a trama e a fazem ser reposta na contemporaneidade. Ao permitir polissemia, neste trabalho, a “coisa literária” constitui-se como inconsciente da psicanálise, vista aqui como campo profícuo para discussão sobre recorrências do que vem a ser o desejo, na esfera do erótico, em debates sobre gênero e linguagem no século XXI.

Biografia do Autor

Mariana Garcia de Castro Alves, Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Doutoranda em Linguística no Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas, é mestre em Divulgação Científica e Cultural, pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (2012). Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001), tem especializações em Economia do Trabalho e Sindicalismo (Instituto de Economia/Unicamp, 2004) e Jornalismo Científico (Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo/Unicamp, 2006). Na área de Funcionamento do Discurso e do Texto e subárea de Análise do Discurso, tem trabalhado atualmente com pesquisas relacionadas às discursividades na rede. Membro associado da rede franco-brasileira de Análise do Discurso Digital (A2DI) e integrante de equipe do projeto Discurso, arquivo e memória na constituição do digital, coordenado por Cristiane Pereira Dias, junto ao Cnpq.

Referências

CASSIN, B. Toda mulher é Helena. Versão de conferência no congresso da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Tradução de Fernando Santoro.

FELMAN, S. Le scandale du corps parlant: Don Juan avec Austin ou la sédution en deux langues. Paris: Éditions du Seuil, 1980.

FREUD, S. (1905) “Três Ensaios sobre a teoria da sexualidade” (1905) In: Edição Standard das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 07. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

FREUD, S. (1908) “Sobre as teorias sexuais das crianças” In: Edição Standard das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 09. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

FREUD, S. (1910) “Psicanálise Silvestre”. In: Edição Standard das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 11. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

FREUD, S. (1915) “Pulsão e destinos da pulsão”. In: Escritos sobre a psicologia do inconsciente, volume 1. Rio de Janeiro: Imago, 2004.

FREUD, S. (1924) “A dissolução do complexo de Édipo”. In: Edição Standard das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 19. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

FREUD, S. (1925) “Algumas consequências psíquicas da diferença anatômica entre os sexos”. In: Sigmund Freud, Obras Completas, volume 16. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

FREUD, S. (1931) “Sobre a sexualidade feminina”. In: Sigmund Freud, Obras Completas, volume 18. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

GOLDEMBERG, R. Blasfêmeas. Conferência Instituto Vox, 18/3/2015.

LACAN, J. “A coisa freudiana ou Sentido do retorno a Freud em psicanálise”. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998, p. 402-437.

PÊCHEUX, M. “Só há causa daquilo que falha ou o inverno político francês: início de uma retificação”. In: Semântica e discurso. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.

Downloads

Publicado

2017-02-09