INTELIGÊNCIA LIBIDINAL: CINEMA E LITERATURA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2175-7291.2018v10i2p61-73

Palavras-chave:

literatura de ficção, cinema, inteligência libidinal

Resumo

A proposta desta comunicação é apontar as relações entre cinema, psicanálise e literatura partindo da análise de dois filmes:Blade Runner Inteligência Artificial. O enlace se dá com a literatura de ficção de Philip K. Dick com Do androids dream of eletric sheep? e de Brian Aldiss com Supertoys last all summer long and other stories. Para estudo, a psicanálise de Freud com A interpretação dos sonhos e de Lacan com estudos acerca do desejo. Para análise, a literatura de ficção científica de Carl Freedman em Critical theory and science fiction. Apontamos para os sintomas da cultura contemporânea divisados em Lucia Santaella, O corpo como sintoma da cultura, e Yuval Harari com SapienHomo deusque investigam também o desejo humano para a deificação, a felicidade e a imortalidade. Exatamente o que as obras e filmes aqui apresentados mostrarão: o ser humano fabrica bonecos semelhantes a si mesmo na busca de eternizar sua imagem como os replicantes ou como a inocência do menino robô de Inteligência Artificial. Ao fim e ao cabo, a busca do desejo. Do desejo de ao menos continuar sonhando.

Biografia do Autor

Roseli Gimenes, UNIP Universidade Paulista PUC SP TIDD - COS

Coordenadora do curso de Letras da UNIP

Professora de Literatura Brasileira

Mestre em Comunicação e Semiótica - PUC SP

Doutora em Tecnologias da Inteligência e Design Digital - PUC SP

Pós Doutoranda em Comunicação e Semiótica - PUC-SP - com o tema Inteligência Libidinal

Autora de 'A menina de Lacan: um conto Rosa', de 'O cinema de Almodóvar sob um olhar lacaniamente perverso' e de 'Do atomo ao bit'

Referências

ALDISS, Brian. Supertoys last all summer long and other stories. [1969]. United Kingdom: St. Martin´s Press, 2001.

ALVES, Gabriel. “A inteligência superior”. Quando irá a máquina superar os humanos? Jornal Folha de São Paulo, Caderno Ilustríssima, 17 abr. 2016, p 4.

BODEN, Margaret A. “What is artificial intelligence?”. In: _____ Artificial intelligence and natural man. Brighton, UK: Harvester, 1977.

BOSTROM, Nick. Superintelligence-paths, dangers, strategies. Oxford: Oxford University Press, 2014.

CESAROTTO, Oscar. “Cultura e repressão”. Recalque a partir de Freud, Reich e Lacan, e os aparelhos ideológicos do Estado, ou Cultura. Conexão Lacaniana. Disponível em: <https://www.google.com.br/#q=“Cultura+e+repressão”.+Recalque+a+partir+de+Freud,+Reich+e+Lacan,+e+os+aparelhos+ideológicos+do+Estado,+ou+Cultura.+Conexão+Lacaniana>. Acesso em: 29 de março de 2016.

CESAROTTO, Oscar. Idéas de Lacan. São Paulo: Iluminuras, 2015.

CHOMSKY, Noam. Language and mind. University Cambridge: New York, 2006.

DIAS, Miguel Patinha; PEREIRA, Elsa. Literatura ensinará robots os fundamentos do comportamento humano. Disponível em: <https://www.noticiasaominuto.com/tech/546613/ literatura-ensinara-robots-os-fundamentos-do-comportamento-humano>. Acesso em: 7 de março de 2016.

DICK, Philip K. Do androids dream of electric sheep? New York: Ballantine Books. Publicado inicialmente em Phillip K. Dick: Electric Shepard, Norstrilla Press, 1968.

DUNKER, Christian; RODRIGUES, Ana Lucília. Cinema e Psicanálise – História, Gênero e Sexualidade. São Paulo: Editora Nversos, 2016, (v 5).

DUNKER, Christian; RODRIGUES, Ana Lucília; SENHORINI, Henrique. Cinema e Psicanálise – Afetos em Cena. São Paulo: Editora Nversos, 2016, (v 6).

FELINTO, Erick. “Os computadores também sonham? Para uma teoria da cibercultura como imaginário”. Intertexto, Porto Alegre, UFRGS, v.2, n. 15, p 1-15, jul dez 2006. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/4257>. Acesso em: 20 de junho de 2016.

FERNANDES, Anita Maria da R. Inteligência artificial: noções gerais. Florianópolis: Visual Books, 2003.

FREEDMAN, Carl. Critical theory and science fiction. Connecticut: Wesleyan University Press, 2000.

FREUD, Sigmund. “Psicopatologia de la vida cotidiana”. Obras Psicológicas completas. Rio de Janeiro: Imago, 1975, (v 6).

FREUD, S.; BULLITT, W.C. Thomas Woodrow Wilson, um estudo psicológico. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.

GIMENES, Roseli. Inteligência Libidinal. Palestra Café Lacaniano. Livraria da Vila, loja Fradique. 2 de abril de 2016.

GIMENES, Roseli. Psicanálise e Cinema. O cinema de Almodóvar sob um olhar lacaniamente perverso. 2a. edição. São Paulo: Scortecci, 2012.

GIMENES, Roseli. Sam and the Chinese Room. In:. ARABNIA, H. R et al (Editors). ICAI 2015, Las Vegas, NV: USACSREA. Press, 2015. pp 427-432, vol II. Disponível em: <http://www.worldacademyofscience.org/worldcomp15/ws/conferences/icai15.html>. Acesso em: 1 de maio de 2017.

GIMENES, Roseli. Inteligência libidinal. Como seria se fosse? Projeto de pós doutoramento em desenvolvimento sob supervisão de Oscar Cesarotto no programa de Comunicação e Semiótica da Puc de São Paulo, 2018.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionaria que define o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.

GONZAGA, Yuri. “Android cria rival ‘inteligente’ do WhatsApp”. Jornal Folha de São Paulo (Caderno Mercado), 18 mai. 2016, p A22.

HARARI, Yuval Noah. Homo Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

HARARI, Yuval Noah. Sapiens. Uma breve história da humanidade. Porto Alegre: L&PM, 2016.

JOHNSON, Steven. Como chegamos até aqui? A história das inovações que fizeram a vida moderna possível. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.

KURZWEEIL, Ray. The age of Spiritual Machines. New York: Viking Press, 1999.

LACAN, Jacques. “Psicanálise e Cibernética”. In: _______ Seminário 2 - O eu na teoria e na prática da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.

LEVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 2a. edição. Rio de Janeiro: Ed 34, 1993.

MINSKY, Marvin. The emotion machine. New York: Simon & Schuster, Touchstone Book, 2006.

MOGNON, Mateus. Microsoft se desculpa por criar robô que aprendeu a ser racista e misógino com a internet. Disponível em: <http://adrenaline.uol.com.br/2016/03/26/41130/ microsoft-se-desculpa-por-criar-robo-que-aprendeu-a-ser-racista-e-misogino-com-a-internet/>. Acesso em: 10 de julho de 2016.

NOTH, Winfried. Máquinas semióticas. Galáxia, 1: 51-73, 2001. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/viewFile/1057/694>. Acesso em: 9 de julho de 2016.

NOTH, Winfried. Os signos como educadores: Insights peirceanos. Teccogs: Revista Digital de tecnologias cognitivas. n. 7, p. 156, jan-jun, 2013. Disponível em: <http://www.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/artigos/2013/edicao_7/5-signos_como-educadores-winfried_noth.pdf>. Acesso em: 29 de março de 2016.

NOVAES, Adauto (org). O homem máquina. São Paulo: Cia das Letras, 2001.

PENROSE, Roger. A mente nova do rei. São Paulo: Campus, 1997.

PIAGET, Jean. Psicologia da inteligência. São Paulo: Fundo da Cultura, 1958.

ROBINSON, Gregory; RIEGLER, Bridget. Cognitive psychology. Applying the science of the mind. Boston, MA: Pearson, 2004-2009.

ROBINSON, William S. “The Turing Test”. In: ______ Computers, minds & robots. Philadelphia, PA: Temple University Press, 1992.

SALINAS, Fernando. Palestra sobre o filme 2001: uma odisseia no espaço. CELP FFLCH USP, 2016.

SANTAELLA, Lucia. Matrizes da linguagem e pensamento. Sonora, visual, verbal. São Paulo: Iluminuras, 2001.

SANTAELLA, Lucia. “O corpo como sintoma da cultura”. Revista CMC comunicação mídia e consumo. ESPM PPGCOM, v.1, n.2, 2004. Disponível em: <http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc/article/view/17>. Acesso em: 29 mar 2016.

SANTAELLA, Lucia et ali. “Desvelando a internet das coisas”. Revista Geminis. UFSCAR, São Carlos, ano 4, v 1, n 2, 2013.

SANTAELLA, Lucia; LEVY, Pierre. Imaginando o futuro da inteligência coletiva. Disponível: <http://portal.eusoufamecos.net/imaginando-o-futuro-da-inteligencia-coletiva/>. Acesso em: 1 de maio de 2017.

SANTAELLA, Lucia. Novos desafios da comunicação. Disponível em: <http://www.ufjf.br/facom/files/2013/03/R5-Lucia.pdf>. Acesso em: 1 de maio de 2017.

SAORIN, Diana. Inteligência Artificial através da história do cinema. Disponível em: <http://br.blogthinkbig.com/2015/06/14/inteligencia-artificial-atraves-da-historia-do-cinema/>. Acesso em: 1 de maio de 2017.

SCHANK, Roger C; ABELSON, Robert P. Scripts, plans, goals and understanding. An inquiry human knowledge strcutures. New Jersey: Lawrence Erbium Associates, Inc.Publishers, 1977.

SCHANK,Roger C; KASS, Alex. Knowledge representation in people and machines. In: ECO, Umberto et al (Eds). Meaning and mental representations. Indianapolis, IN: Indiana University Press, 1988.

SEARLE, John. “Can computers think?” In: _______ Minds, brains and science. (1984). London: Penguin, 1991.

SEARLE, John. Mente, cérebro e ciência. Lisboa: Edições 70, 1984.

SEARLE, John. “Minds, brains and programs”. In: BODEN, Margaret A. The philosophy of artificial intelligence. (1990). Oxford: Oxford University Press, 2005.

SORDI, Regina Orgler. A contribuição da inteligência: Uma abordagem psicanalítica. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/prc/v18n3/a07v18n3.pdf>. Acesso em: 1 de maio de 2017.

STRATHERN, Paul. Turing and the computer. Londres: Arrow Books, 1997.

TEIXEIRA, João de Fernandes. Inteligência artificial: uma odisseia da mente. São Paulo: Paulus, 2009.

TEIXEIRA, João de Fernandes. Peirce, os signos e a inteligência artificial. Disponível em: <http://docslide.com.br/documents/peirce-e-a-inteligencia-artificial.html>. Acesso em: 1 de maio de 2017.

TELLES, Sérgio. O psicanalista vai ao cinema. São Paulo. Casa do Psicólogo, 2012.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

WATSON, John B. Behavior: An introduction to comparative psychology. New York: Holt, 1914.

Publicado

2019-01-21