Repensando Matrix como metáfora do real em que estamos imersos

Autores

  • Isabel Jungk Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/2175-7291.2018v10i2p43-60

Palavras-chave:

Metáfora, Realidade, Liberdade

Resumo

The Matrix (1999) é uma produção cinematográfica que narra a trajetória de um cibercriminoso que, ao se libertar de uma realidade ilusória forjada computacionalmente, se depara com as consequências dos excessos praticados pela humanidade, que perdeu o controle do desenvolvimento da inteligência artificial e destruiu o ecossistema planetário, levando-o a desenvolver suas habilidades e a lutar pela libertação dos demais seres humanos. Com base nos conceitos semióticos peirceanos de signo, as diferenças entre seus tipos de objetos e os interpretantes específicos que são gerados, bem como no quadro de relações sociais intersubjetivas analisado em termos psicanalíticos por Fromm, o presente artigo busca mostrar que, de maneira metafórica, The Matrix mostra um contexto individual e coletivo que é muito mais real do que parece, e que igualmente aponta uma saída pouco óbvia para o sujeito, mas que pode valer a pena percorrer.

Biografia do Autor

Isabel Jungk, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Professora do curso de Especialização em Semiótica Psicanalítica: Clínica da Cultura PUC/SP; Doutora em Tecnologias da Inteligência e Design Digital PUC/SP; Mestre em Comunicação e Semiótica PUC/SP; Especialista em Semiótica Psicanalítica PUC/SP.

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Publicado

2019-01-21