Lutas Sociais, vol. 24, n. 44, jan./jun. 2020 |
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DOSSIÊ A cada crise do capital, uma forte onda de insegurança e incertezas inunda a vida de homens e mulheres cujo cotidiano é marcado pelo trabalho. Se, por um lado, renovam-se antigas práticas, por outro, novas são delineadas. O que se observa, sem grandes dificuldades, é a repercussão de um conjunto de medidas de forte impacto no mundo do trabalho capazes de redesenhar as formas da precariedade da vida sob o capitalismo. A mais recente onda, vivenciada desde os anos 1980 e revigorada a partir da crise de 2008, moveu-se rumo a flexibilizar ainda mais as formas de contratação, a tornarem mais elásticas as jornadas de trabalho, a rebaixar a remuneração, eliminando postos de trabalho, alastrando o subemprego e o desemprego; além de fragilizar as organizações e ações sindicais, incidindo também, de forma nociva, na saúde de homens e mulheres. Se a precarização é o elemento estruturante da atual fase do capitalismo, são as reformas na legislação social e trabalhista, implementadas em diferentes países do globo (Argentina, Brasil, Chile, Itália, França, México, Portugal, dentre outros) a expressão concreta de que não há fronteiras nem limites para a exploração capitalista de classe. O dossiê A devastação do trabalho: precarização e adoecimento pretende examinar tanto as mudanças em curso nas relações de trabalho como as possíveis resistências e lutas do(a)s trabalhadore(a)s frente às novas ofensivas do capitalismo. Organizadoras do Dossiê: Claudete Pagotto (Universidade Metodista de São Paulo)Luci Praun (Universidade Federal do Acre) Zulene Muniz Barbosa (Universidade Estadual do Maranhão) Prazo de envio de artigos: 20 de março de 2020 Os arquivos deverão ser encaminhados via portal da revista: http://revistas.pucsp.br/ls Leia atentamente as normas de submissão: |