Um repensar da favela: tendências e questões

Autores

  • Fany Davidovich

Resumo

O repensar da favela não constitui uma idéia nova. Marcado por descontinuidades, esse enfoque tem sido motivado pelas proporções que aquele assentamento passou a apresentar no espaço social urbano, como uma representação da pobreza, mobilizando a ação do poder público, o interesse de intelectuais e a atenção da mídia.
A primeira referência estatística da favela data do censo de 1950. O Rio de Janeiro era, até 1920, a cidade mais populosa do país, mas, a partir dessa data, São Paulo a ultrapassara como principal centro industrial; a capital da República já se ressentia de limitações no seu mercado de trabalho, no qual crescia a participação de serviços de baixa qualificação. É assim que, nos anos 30, há registros da visibilidade da favela na cidade do Rio de Janeiro, onde surgiu desde fins do século dezenove. Na década de 60, divulgavase que um em cada dez cariocas vivia em favelas. Compreende-se que é, particularmente, no Rio de Janeiro, pioneira no problema e assumida como "capital da favela", que a idéia do repensar sinaliza um tema recorrente; interessa, igualmente, colocar tendências e questões que emergem de tal processo. São estes os eixos que pretendem pautar o texto que se segue.

Biografia do Autor

Fany Davidovich

Geógrafa - Observatório de Políticas Urbanas e Gestão Municipal, Ippur/UFRJ. Membro da equipe do Pronex/Ippur-UFRJ.

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Como Citar

Davidovich, F. (2012). Um repensar da favela: tendências e questões. Cadernos Metrópole, (04), 119–133. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/9304

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Artigos