O mito do bom selvagem como elemento da identidade nacional brasileira

Autores

  • Pedro Gabriel Amaral Costa Mestrando pelo Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. FFLCH/USP https://orcid.org/0000-0002-6379-3090

Palavras-chave:

Identidade nacional, bom selvagem, indígenas, romantismo brasileiro

Resumo

Este artigo busca retomar a trajetória da idealização positiva dos povos indígenas até a incorporação dessa narrativa pelos autores românticos no Brasil. Durante o descobrimento uma série de relatos afirmam o território americano como parte de um Paraíso Terreal, esse imaginário também informa a imagem que muitos europeus fazem dos povos indígenas, até que Michel de Montaigne inaugura uma reflexão sobre a sociedade tendo como referência os povos canibais do continente americano. Parte dessa reflexão é incorporada por Jean-Jacques Rousseau, que embora não fale unicamente sobre os povos ameríndios, elabora uma ideia positiva de natureza humana que se assemelha aos relatos dos povos nativos da América. Quando o historiador Ferdinand Denis elabora uma proposta de literatura brasileira, essa incorpora a problemática de Rousseau e aponta os indígenas nacionais como figura autêntica nacional. Esse mesmo projeto será incorporado com algumas variações pelos românticos indianistas como Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias.

Biografia do Autor

Pedro Gabriel Amaral Costa, Mestrando pelo Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. FFLCH/USP

Mestrando pelo Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, FFLCH/USP.

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Publicado

2019-12-23

Como Citar

Costa, P. G. A. (2019). O mito do bom selvagem como elemento da identidade nacional brasileira. PARALAXE, 6(1), 53–69. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/paralaxe/article/view/46604