PRÁTICAS DE APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL: Estudo de casos múltiplos em empresas de consultoria na cidade de São Paulo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2237-4418.2019v34i3p125-145

Palavras-chave:

Aprendizagem organizacional, Gestão do conhecimento, consultoria, casos múltiplos, análise cruzada

Resumo

A aprendizagem organizacional busca analisar formas de geração, aprimoramento e utilização do conhecimento nas empresas para criar valor e competitividade em seus mercados, e as práticas de aprendizagem organizacional englobam iniciativas adotadas por estas empresas para gerar uma ambiência propícia ao aprendizado, apoiadas e complementadas pelas práticas da gestão do conhecimento. Utilizou-se uma abordagem qualitativa, com análise documental e depoimentos de funcionários em cargos diretivos, para analisar individualmente e de forma cruzada dois casos, de duas organizações de consultoria de grande porte localizadas na cidade de São Paulo, com clientes de diversos portes e segmentos. As percepções, depoimentos e registros obtidos indicam que as práticas existentes visam fornecer um conjunto de capacidades comum às responsabilidades, papeis desempenhados e trilhas de desenvolvimento, para aproveitar experiências anteriores, mapear práticas de sucesso e transferir conhecimentos para padronizar habilidades básicas, e assim embasar a especialização de conhecimentos e viabilizar padrões elevados de entregas obtidas.

Biografia do Autor

Fernando Rejani Miyazaki, Universidade de São Paulo

Doutorando em Administração, Universidade de São Paulo (desde 2019). Mestre em Administração, Universidade Metodista de São Paulo (2017). Especialista em Gestão Pública, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2013). Tecnólogo em Informática para Gestão de Negócios, Faculdade de Tecnologia de São Bernardo do Campo (2010).

Márcio Shoiti Kuniyoshi, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutor em Administração, Universidade de São Paulo (2008). Mestre em Administração, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Bacharel em Administração de Empresas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1991). Professor do curso de graduação do curso de Administração de Empresas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Wilson Aparecido Costa de Amorim, Universidade de São Paulo

Livre Docente, Universidade de São Paulo (2017). Doutor em Administração, Universidade de São Paulo (2007). Mestre em Economia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1987). Graduado em Economia, Universidade de São Paulo (1984). Professor associado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.

Luiz Roberto Alves, Universidade de São Paulo

Livre Docente, Universidade de São Paulo (1993). Pós-Doutorado, Universidade de Florença (2007). Pós-Doutorado, Università La Sapienza di Roma (1994). Pós-Doutorado, Instituto Metodista de Ensino Superior (1984). Doutor em Letras, Universidade de São Paulo (1981). Especialista em Literatura e Cultura, The Hebrew University of Jerusalem (1976). Graduado em Pedagogia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Bernardo do Campo (1980). Graduado em Letras, Universidade de São Paulo (1972). Professor sênior da Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo.

Referências

Amorim, W. A. C. (2007). A evolução das organizações de apoio às entidades sindicais brasileiras : um estudo sob a lente da aprendizagem organizacional. Tese de doutorado (Administração), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Amorim, W. A. C., & Fischer, A. L. (2013). A aprendizagem organizacional e suas bases econômicas. Nova Economia, 23(2), 329-366.

Antonello, C. S. (2005). A metamorfose da aprendizagem organizacional: uma revisão crítica. In R. L. Ruas, C. S. Antonello, & L. H. Boff (Orgs.). Os novos horizontes da gestão : aprendizagem organizacional e competências (Cap. 1, pp. 12-33). Porto Alegre: Bookman.

Antonello, C. S., & Godoy, A. S. (2009). Uma agenda brasileira para os estudos em aprendizagem organizacional. Revista de Administração de Empresas, 49(3), 266-281. doi: 10.1590/S0034-75902009000300003

Argote, L., & Miron-Spektor, M. (2011). Organizational Learning: From Experience to Knowledge. Organization Science, 22(5), 1123-1137. doi: 10.1287/orsc.1100.0621

Argyris, C. (1991). Teaching Smart People How to Learn. Harvard Business Review, 69(3), 99-109.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo (L. A. Reto & A. Pinheiro, Trad.). Lisboa: Edições 70.

Bitencourt, C. C. (2004). A gestão de competências gerenciais e a contribuição da aprendizagem organizacional. Revista de Administração de Empresas, 44(1), 58-69. doi: 10.1590/S0034-75902004000100004

Careerbuilder LLC. (2014). Overwhelming Majority of Companies Say Soft Skills Are Just as Important as Hard Skills, According to a New CareerBuilder Survey. Recuperado de http://www.careerbuilder.com/share/aboutus/pressreleasesdetail.aspx?ed=12/31/2014&id=pr817&sd=4/10/2014

Cook, S. D. N., & Yanow, D. (1996). Culture and Organizational Learning. In M. D. Cohen, & L. S. Sproull (Eds.). Organizational Learning (Cap. 19, pp. 430-459). Londres: Sage.

Creswell, J. W. (2014). Investigação qualitativa e projeto de pesquisa : escolhendo entre cinco abordagens (3a ed.). Porto Alegre: Penso.

Davenport, T. H. (1998). Working knowledge: how organizations manage what they know. Boston: Harvard Business Press.

Davenport, T. H., & Manville, B. (2012). From the judgement of leadership to the leadership of judgement: The fallacy of heroic decision making. Leader to Leader, 2012(66), 26-32. doi: 10.1002/ltl.20046

Dixon, N. M. (1999). The organizational learning cycle: how we can learn collectively (2nd ed.). New York City: Routledge.

Duhá, A. H., & Porto, C. A. (2002). Práticas Adotadas por Empresas Gaúchas para Estimular o Aprendizado Organizacional: Estudo de Caso de Duas Organizações. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Salvador, BA, Brasil, 26.

Erkelens, R., Hooff, B., Huysman, M., & Vlaar, P. (2015). Learning from Locally Embedded Knowledge: Facilitating Organizational Learning in Geographically Dispersed Settings. Global Strategy Journal, 5(2), 177-197. doi: 10.1002/gsj.1092

Fiol, C. M., & Lyles, M. A. (1985). Organizational Learning. Academy of Management Review, 10(4), 803-813. doi: 10.5465/AMR.1985.4279103

Fleury, M. T. L., & Oliveira, M. M. (2002). Aprendizagem e gestão do conhecimento. In M. T. L. Fleury (Org.). As pessoas na organização (Cap. 9, pp. 133-146). São Paulo: Gente.

Friedman, V. J., Lipshitz, R., & Overmeer. W. (2001). Creating Conditions for Organizational Learning. In M. Dierkes et al. (Eds.). Handbook of Organizational Learning & Knowledge (Cap. 34, pp. 757-774). Oxford: Oxford University Press.

Garvin, D. A. (1993). Building a Learning Organization. Harvard Business Review, 71(4), 78-91.

Gaspar, M. A., Santos, S. A., Donaire, D., Kuniyoshi, M. S., & Prearo, L. C. (2014). GESTÃO DO CONHECIMENTO EM AMBIENTES DE TELETRABALHO. Revista de Administração FACES Journal, 13(2), 47-66.

Giovannini, F., & Kruglianskas, I. (2004). Organização eficaz: como prosperar em um mundo complexo e caótico, usando um modelo racional de gestão. São Paulo: Nobel.

Grey, C. (2004). O Fetiche da Mudança. Revista de Administração de Empresas, 44(1), 10-25.

Hagel, J., III, & Brown, J. S. (2017). Help Employees Create Knowledge – Not Just Share It. Recuperado de https://hbr.org/2017/08/help-employees-create-knowledge-not-just-share-it

Hussinki, H., Kianto, A., Vanhala, M., & Ritala, P. (2017). Assessing the universality of knowledge management practices. Journal of Knowledge Management, 21(6), 1596-1621. doi: 10.1108/JKM-09-2016-0394

Kuniyoshi, M. S. (2008). Institucionalização da gestão do conhecimento: um estudo das práticas gerenciais e suas contribuições para o poder de competição das empresas do setor elétrico-eletrônico. Tese de doutorado (Administração), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Lee, S., & Jin, Y. (2014). How Can Companies Harness a Learning Organization to Lead the Collaborative Culture?. Recuperado de http://digitalcommons.ilr.cornell.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1051&context=student

Lício, F. G. (2005). A gestão de conhecimento em uma empresa vendedora de conhecimento : o caso PricewaterhouseCoopers Brasil. Dissertação de mestrado (Administração), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Marqués, D. P., & Simón, F. J. G. (2006). The effect of knowledge management practices on firm performance. Journal of Knowledge Management, 10(3), 143-156.

Nonaka, I., & Johansson, J. K. (1985). Japanese Management: What About the “Hard” Skills?. Academy of Management Review, 10(2), 181-191. doi: 10.2307/257961

Nonaka, I., & Konno, N. (1998). The Concept of “Ba”: Building a Foundation for Knowledge Creation. California Management Review, 40(3), 40-54. doi: 10.2307/41165942

Nonaka, I. & Toyama, R. (2015). The Knowledge-creating Theory Revisited: Knowledge Creation as a Synthesizing Process. In J. S. Edwards (Ed.). The Essentials of Knowledge Management (Cap. 4, pp. 95-110). Basingstoke: Palgrave Macmillan.

Norris, P. (2015). Is Globalization Getting More Complex?. Recuperado de http://insights.som.yale.edu/insights/globalization-getting-more-complex

Perin, M. G., Sampaio, C. H., Duhá, A. H., & Bitencourt, C. C. (2006). Processo de aprendizagem organizacional e desempenho empresarial: o caso da indústria eletroeletrônica no Brasil. RAE eletrônica, 5(2), art. 14.

Plessis, M. (2007). Knowledge management: what makes complex implementations successful?. Journal of Knowledge Management, 11(2), 91-101. doi: 10.1108/13673270710738942

Shinoda, A. C. M., Maximiano, A. C. A., & Sbraglia, R. (2015). Gestão do Conhecimento em Organizações Orientadas para Projetos. Revista de Gestão e Projetos – GeP, 6(1), 95-110.

Veloso, E. F. R., Silva, R. C., Parker, C., Fischer, A. L., Dutra, J. S., & Amorim, W. A. C. (2013). Organizações orientadas para o atendimento ao cliente: a relação entre a estratégia e o clima para serviços. Gestão Contemporânea, 10(13), 289-312.

Yin, R. K. (2010). Estudo de caso : planejamento e métodos (4a ed., A. Thorell, Trad.). Porto Alegre: Bookman.

Downloads

Publicado

2020-02-28