O objetivo do presente trabalho é discutir, a partir de contribuições de autores de diferentes linhas teóricas, particularidades presentes nos mercados financeiros que contribuem para a conformação de um ambiente instável e suscetível à ocorrência de crises. Entre essas particularidades destacam-se: a função transformação exercida pelos bancos; a presença de assimetrias de informações e o racionamento de crédito, discutidos por autores novo-keynesianos; o contexto de incerteza com o qual os agentes se deparam em seus processos de tomada de decisões, como apresentado por Keynes e autores de tradição pós-keynesiana; a discussão realizada por Aglietta acerca do risco sistêmico.