A ARGUMENTATIVIDADE E OS PRINCÍPIOS TEXTUAIS: INTENCIONALIDADE E ACEITABILIDADE

Autores

  • Maria Helena Corrêa da Silva Matei Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Palavras-chave:

argumentatividade, intencionalidade, aceitabilidade.

Resumo

Considerando que a argumentatividade de um discurso, na maior parte das vezes, apresenta-se de um modo implícito, este artigo propõe um tipo de leitura em que a intencionalidade e a aceitabilidade são princípios pressupostos no processo de argumentar. Sendo assim, quem constrói argumentos visa adesão de seu interlocutor que, por seu turno, tem a liberdade de aceitá-los ou refutá-los. Este trabalho justifica-se pelo fato de que entendendo a argumentatividade que subjaz um determinado texto, torna-se mais clara a intenção do autor. Para tanto, considerar-se-á o conceito de texto preconizado por Beaugrande (1997) e a concepção de organização da lógica argumentativa proposta por Charaudeau (2010). No primeiro, não só os conhecimentos linguísticos, mas também os cognitivos e sociais convergem no momento de interação. No segundo, os três elementos de base da relação lógica argumentativa, quais sejam: a) asserção de partida [dado, premissa]; b) asserção de chegada [conclusão, resultado]; e c) asserção de passagem [inferência(s), prova(s), argumento(s)] compõem a argumentatividade de um texto. Por meio da análise da argumentatividade do texto Arte de Ser Feliz, de Cecília Meireles, pode-se inferir que a autora usa de mecanismos argumentativos, pautados em sua autoridade de escritora, para conseguir a adesão do leitor no que diz respeito ao conceito de felicidade.

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Biografia do Autor

Maria Helena Corrêa da Silva Matei, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Maria Helena Corrêa da Silva Matei

Departamento de Língua Portuguesa

Área Língua Portuguesa

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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Publicado

2016-08-31

Edição

Seção

Artigos