Autismo: a importância da obtenção da interdisciplinaridade e da coordenação no cuidado

Autores

  • Maria Carolina Pereira da Rocha
  • Jaqueline dos Santos Silveira
  • Kaio Souza de Melo
  • Bárbara Christie Leme Silva
  • Vanessa Aparecida de Oliveira
  • Isabela Dias dos Santos
  • Victoria Machado Santos
  • Sofia Ferruzzi Tahan
  • Mariana Machado Santos
  • Marcella de Lima Bruscatto

Palavras-chave:

medicina de família e comunidade, transtorno autístico, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, estratégia saúde da família

Resumo

Introdução: autismo não é uma doença única, mas sim um distúrbio de desenvolvimento complexo, definido de um ponto de vista comportamental, com etiologias múltiplas e graus variados de severidade. A apresentação fenotípica do autismo pode ser influenciada por fatores associados que não necessariamente sejam parte das características principais que definem esse distúrbio. Um fator muito importante é a habilidade cognitiva. São diversos os tratamentos existentes para a doença em questão que pode também estar associada a outras, como o TDAH, portanto o cuidado multiprofissional, o qual a medicina de família e comunidade abarca é de extrema importância para a evolução, cuidado e processo de cura para esses pacientes, pois não foca-se apenas na doença, mas sim no indivíduo como um ser complexo, integrando todas as suas faces, biológica; social; psicológica e também em suas necessidades particulares. Objetivos: relatar um caso, com qual foi realizado um tratamento multidisciplinar e discutir sobre a importância da integralidade das diversas áreas da saúde para o processo de cura e principalmente do cuidado. Metodologia: as informações contidas neste trabalho foram obtidas ao longo de dois anos, além de ter sido realizada entrevistas com a família, com o paciente, através de consultas médicas na UBS de Sorocaba, análise do prontuário do paciente, reuniões com a equipe ESF e entrevistas na escola. Relato do caso: paciente NR, sexo masculino, 11 anos, diagnosticado com autismo leve há 5 anos. O tratamento inicial da criança era de dois comprimidos de Ritalina duas vezes ao dia acompanhado de terapias complementares em clínica particular duas vezes por semana. O paciente necessitou de um trabalho em equipe com um projeto terapeutico singular, pois tinha dificuldade para se encaixar dentro da rede de saúde, então a ação da equipe da medicina de família foi usada como estratégia para o cuidado de NR. Conclusões: o apoio e o trabalho em equipe mostraram-se de extrema relevância para a evolução e melhora do paciente. A atenção multiprofissional no atendimento ao paciente com transtorno do espectro autista, ressaltando a importância da Atenção Primária a Saúde foi coordenadora do cuidado do paciente, além disso o tratamento terapêutico singular, o qual a equipe de estratégia de saúde se reuni e estuda o caso para chegar a um tratamento particular e focado no paciente em questão trouxe grandes resultados positivos para ele. Também foi notada que a desprescrição resultou em melhora do quadro, sem nenhuma alteração nas atividades realizadas pelo paciente, ressaltando assim a importância de reavaliar a prescrição medicamentosa e evitar hipermedicação que podem levar a iatrogênia.

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Publicado

2018-11-28

Como Citar

1.
Rocha MCP da, Silveira J dos S, Melo KS de, Silva BCL, Oliveira VA de, Santos ID dos, Santos VM, Tahan SF, Santos MM, Bruscatto M de L. Autismo: a importância da obtenção da interdisciplinaridade e da coordenação no cuidado. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 28º de novembro de 2018 [citado 17º de dezembro de 2024];19(Supl.). Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/40307