Análise da resposta tecidual ao redor de hidrogéis injetáveis no tecido subcutâneo de ratos Wistar

Autores

  • Khatharine Suheyhuky Aoki Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Yuri Gurfinkel Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Newton Maciel Oliveira Docente, Departamento de Morfologia e Patologia, FCMS/PUC-SP
  • Eliana Aparecida de Rezende Duek Docente, Departamento de Bioquímica, FCMS/PUC-SP
  • Daniel Vinícius Mistura Pesquisador, Departamento de Bioquímica, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

hidrogel, injetável, inflamação

Resumo

A engenharia de tecidos representa uma alternativa à recuperação de tecidos e órgãos.1 Dessa forma, o uso de polímeros como biomateriais tem aumentado, sendo os hidrogéis uma opção. Estes polímeros têm característica hidrofílica, ao ponto que intumescem após entrarem em contato com a água.2 Além disso, podem apresentar-se na forma sólida ou líquida sendo que, na apresentação líquida, o hidrogel pode ser injetável.3 Essa via é de grande utilidade para a liberação de drogas ou células viáveis, desde que o material - inicialmente de baixa viscosidade – se gelifique após sua aplicação.4 O fato de o material possuir a característica de ser injetável permite que o mesmo se apresente como uma alternativa pouco invasiva para pequenos procedimentos, o que pode levar a inúmeros benefícios.5 O objetivo do presente estudo foi analisar a aplicação do hidrogel de Poli(NIPAAm-co-AAc-co-HEMAPLDLA-co-TMC) in vivo, acompanhando as reações teciduais desencadeadas ao redor. Para isso, foram realizados implantes desse polímero - por via injetável - no tecido subcutâneo do dorso posterior de 21 ratos Wistar. Após o período de 5, 7, 10, 15, 21 e 30 dias ocorreu o sacrifício dos animais para posterior análise histológica. Como resultado, verificou-se a ausência de reação inflamatória nos locais de implante, além da presença de espaçamentos deixados devido à presença do material implantado (que foi removido em decorrência do processamento). Os resultados apresentados no estudo sugerem que o hidrogel Poli(NIPAAm-co-AAc-co-HEMAPLDLA-co-TMC) apresenta biocompatibilidade e potencial como material de preenchimento.