n. 5 (2004): Verve

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verve, em seu quinto número, segue pelos percursos do inefável e do intranqüilo, anarquizando-se. autogestionária, firme, e longe da sisudez, verve investe no inaudito, naquilo que se quis esquecer, no que emerge desconcertante.

verve 5 se dedica à apresentação de inéditos que interessam às práticas de liberdade do agora. traz William godwin, nunca antes em português, em uma afronta contumaz aos carrascos, tormentos e cadeias que vivem ativas nas mínimas ranhuras e nos grandes rasgos. texto que tece veios libertários de contato com o abolicionismo penal sempre presente em suas páginas.

apresenta, também, duas entrevistas inéditas com michel foucault. falas do filósofo ausentes de suas coletâneas póstumas, discursos quase perdidos de um foucault impregnado de transgressão, sexo e desmesuras.      

dos libertários de ontem aos abalos de hoje, verve dá passagem a vozes várias que culminam no único da experiência anarco-individualista de émile armand e de max stirner, forte e contundente em sua primeira vinda na íntegra ao português.

nos interstícios, a língua excitada de roberto freire, guerreiro da saúde, do gozo, do riso, da pele.

verve explicita o intolerável da punição; lembra para o presente, sem reedições, sem profecias; ecoa o dissonante, o avesso; traz para si o que lancina o estático,o decantado, o inerte.

 verve é uma revista semestral editada pelo nu-sol.

Publicado: 2011-02-07