A territorialidade da prostituição em Belo Horizonte

Autores

  • Luciana Teixeira de Andrade
  • Alexandre Eustáquio Teixeira

Palavras-chave:

prostituição feminina, prostituição masculina, espaço público, Belo Horizonte.

Resumo

O artigo realiza um mapeamento da distribuição espacial da prostituição masculina e feminina em Belo Horizonte em três períodos. Durante o primeiro período, entre 1897, ano de fundação da cidade, até 1930, predomina a prostituição feminina nos cabarés situados em uma “região moral”. O segundo período compreende as décadas de 30 a 60, quando a prostituição feminina ainda predomina, mas entra em cena a figura do “homossexual valente”. Nesse período, a prostituição ocupa novas áreas da cidade, mas ainda se confina a regiões bem delimitadas. No terceiro período, que se inicia nos anos 70 e vai até os dias atuais, registra-se a emergência da prostituição masculina nos espaços públicos e semipúblicos da cidade e um espraiamento tanto da prostituição feminina quanto da masculina pela cidade, conquistando áreas consideradas nobres. Verifica-se ainda a emergência de novos tipos, como a travesti, o michê e as garotas de programas e uma significativa mudança nas relações entre os diversos atores envolvidos na prática da prostituição, marcadas agora por uma maior impessoalidade e profissionalização.

Biografia do Autor

Luciana Teixeira de Andrade

Doutora em sociologia, professora do curso de Ciências Sociais e do mestrado em Ciências Sociais da PUC Minas.

Alexandre Eustáquio Teixeira

Mestre em Ciências Sociais, professor da PUC Minas, pesquisador do Centro de Referência e Estudos da Homocultura (Creh), de Belo Horizonte.

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Como Citar

Andrade, L. T. de, & Teixeira, A. E. (2012). A territorialidade da prostituição em Belo Horizonte. Cadernos Metrópole, (11). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/8817

Edição

Seção

Artigos