O fluxo da criação do filme Pixote, a lei do mais fraco

uma leitura social e política

Autores

  • José Ferreira Junior Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Bruna Maria Paixão Castelo Branco Universidade Estadual do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.23925/politica.v12i3.67548

Palavras-chave:

cinema; livro-reportagem; José Louzeiro; fluxo criativo; exclusão social de crianças e adolescentes

Resumo

O objetivo deste texto é trazer à superfície os rastros da criação do filme Pixote, do diretor argentino, naturalizado brasileiro, Héctor Babenco, cuja denúncia social ecoa até os dias atuais, roteirizado inicialmente pelo jornalista maranhense José Louzeiro, que também é autor do romance, ponto de partida para roteirizar a história.  O livro Infância dos mortos, marco e balizamento do qual nasce a narrativa, enfoca a Operação Camanducaia que vai completar 50 anos neste 2024, um dos pontos fulcrais da política de Estado, durante a ditadura militar, para limpar das ruas a presença de crianças e adolescentes desamparados pela família e pelo poder público nos anos 1970. Trabalha-se com os pressupostos metodológicos da crítica do processo de criação. A autoria deste texto cotejou as marcas autorais do roteiro datiloscrito.

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Biografia do Autor

Bruna Maria Paixão Castelo Branco, Universidade Estadual do Maranhão

Doutoranda em História pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), mestra em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal do Maranhão (PGCult-UFMA). Bacharel em Comunicação Social, habilitação Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão (2007).

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Publicado

2024-11-30