Carcinoma de colo uterino: perfil epidemiológico e considerações sobre as falhas no processo de detecção precoce

Autores

  • Nelson Brancaccio dos Santos
  • Bruna Silveira Ferreira Klauck Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Jessica Abreu dos Santos Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

câncer de colo do útero, papanicolaou, diagnóstico precoce

Resumo

Introdução: O câncer de colo uterino é a terceira causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras, mesmo com o advento dos exames de triagem e detecção precoce como o Papanicolaou. Sabe-se que mais da metade dos cânceres cervicais invasivos são detectados em mulheres que não participam de programas de triagem regular. Objetivos: Entender a razão para a grande quantidade de neoplasias cervicais que ainda são detectadas de forma tardia. Metodologia: Estudo descritivo onde avaliou-se dados do prontuário de pacientes diagnosticadas com neoplasia cervical em um período de 12 meses que tiveram sua amostra tecidual analisada pelo Laboratório de Patologia da Faculdade de Medicina da PUCSP e atendidas no Conjunto Hospitalar de Sorocaba para que fosse possível traçar um perfil das mesmas e entender a razão para tal diagnóstico. Resultados: Obteve-se amostra de 36 pacientes, onde 15 apresentavam diagnóstico de NIC III (41,6%), 3 apresentavam diagnóstico de carcinoma in situ (8,3%) e 18 apresentavam diagnóstico de carcinoma espinocelular ou epidermóide (49,9%). Dentre as 36 pacientes, 66,6% alegaram realizar anualmente o exame preventivo, que foi em sua maioria coletado pelo ginecologista de uma unidade básica de saúde de Sorocaba ou região; 33,3% das pacientes alegaram realizar a prevenção de maneira irregular, sendo que 2 delas alegaram realizar o exame com intervalo superior a 2 anos. Conclusão: Conclui-se que a irregularidade na realização do exame preventivo relacionou-se com 1/3 dos casos de câncer, sendo este um fator fortemente relacionado com sua incidência. Porém 2/3 das pacientes alegaram realizar regularmente sua prevenção e ainda assim obtiveram diagnóstico em um estágio avançado da doença, não sendo possível identificar pontos específicos que levaram a falha do rastreio.

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Publicado

2016-10-07

Como Citar

1.
Santos NB dos, Klauck BSF, Santos JA dos. Carcinoma de colo uterino: perfil epidemiológico e considerações sobre as falhas no processo de detecção precoce. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 7º de outubro de 2016 [citado 28º de março de 2024];18(Supl.):94. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29853

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