Fonoaudiologia educacional: reflexões acerca da medicalização da educação
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i4p655-666Palavras-chave:
Fonoaudiologia, Linguagem, Educação, MedicalizaçãoResumo
Introdução: Ao longo dos últimos anos, práticas fonoaudiológicas educacionais têm sido direcionadas para identificar alterações de linguagem e aprendizagem do aluno. Diversos profissionais têm debatido esse contexto que, em última instância, se reflete no fracasso escolar. Objetivo: refletir sobre o papel da fonoaudiologia educacional e o processo de medicalização na educação. Método: Pesquisa bibliográfica com uso das palavras chaves: fonoaudiologia educacional e medicalização da educação. Resultados: A escola é considerada promotora de oportunidades para a melhoria na qualidade de vida do cidadão. Para o aluno que não apresenta o desenvolvimento esperado resta o fracasso escolar cujas causas têm sido diagnosticadas por profissionais da saúde vistos como capazes de solucionar o problema. Conclusão: Ao longo dos últimos anos, trabalhos e publicações da área, apesar de uma proposta institucional, continuam a assinalar forte tendência de manter o olhar clínico na Escola. Iniciativas procuram incentivar outras possibilidades de atuação, com vistas a uma parceria junto aos professores e famílias, com ênfase na singularidade do processo de aprendizagem e no papel que a Escola exerce como instituição formadora de cidadãos, tanto na rede regular de ensino, como na educação especial. A atuação do fonoaudiólogo educacional requer conhecimento do contexto educacional e das particularidades da instituição onde está inserido. Só assim as ações a serem desenvolvidas poderão favorecer a cidadania e reverter benefícios para toda comunidade. Essa é a meta daqueles que pensam a Educação para além dos muros da Escola.
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