Um olhar bakhtiniano sobre a linguagem e o autismo: um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i4p713-725Palavras-chave:
Autismo, Fonoaudiologia, LinguagemResumo
Introdução: O Autismo, atualmente denominado como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição que intriga diversos estudiosos e pesquisadores, desde os primeiros relatos realizados por Kanner e Asperger na década de 40. Considerando que uma das principais características recaem sobre a dificuldade de interação, este estudo parte da análise de um caso clínico de um sujeito autista como objetivo de compreender o modo singular como o sujeito e seu interlocutor se situam na interação dialógica. Métodos: O sujeito da pesquisa é um garoto de 7 anos de idade que teve diagnóstico de autismo leve aos dois anos de idade, e esteve em atendimento no Centro Docente Assistencial da Universidade Federal da Bahia. Os recortes dialógicos presentes no prontuário de atendimento foram estudados a partir de uma perspectiva teórica de caráter bakhtiniano que elege o enunciado, sempre situado historicamente, como unidade de análise. Discussão: A partir da análise dos dados foi possível ver uma criança que, dentro de suas condições, assume o papel de sujeito, entendendo que este está totalmente imerso na linguagem e que, portanto, mobiliza diferentes recursos linguísticos para atingir seu intuito discursivo. Conclusão: Por fim, este estudo propõe um reposicionamento na forma como a Fonoaudiologia tem tradicionalmente olhado sobre sujeito autista, não como dado ou pronto, mas singular, pleno de possibilidades e potencialidades.
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