Alteridade no habitáculo: uma análise do dispositivo de confinamento em Dez, de Abbas Kiarostami

Autores

  • Roberta Oliveira Veiga Univeristy of Texas at Austin

Palavras-chave:

Ten, Kiarostami, neo-realism, confinement device

Resumo

Resumo: Se há uma matriz na obra de Kiarostami é, principalmente, a de acompanhar perambulações de homens e crianças. Tal constante expõe um forte aspecto de sua relação com o cinema moderno: o Neo-realismo, a Nouvelle Vague e o Cinema Novo, sempre se puseram a olhar andarilhos e andanças, nos espaços amplos e vazios, nas cidades ou em meio à aridez do sertão. Em Dez (Iran, 2002), essa matriz se condensa de forma radical. Manifesto de um olhar contemporâneo para o estar dos homens no mundo, o traço documental que caracteriza o dispositivo do filme é aquele que confina o espectador às idas e vindas do carro de Mania em seus trajetos cotidiano pelas ruas de Teerã. Mas em que medida o habitáculo do carro, ao impor um controle excessivo nos procedimentos de filmagem, permite a evidência da vida ordinária, tão cara ao cinema moderno?

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Biografia do Autor

Roberta Oliveira Veiga, Univeristy of Texas at Austin

Doutorado em Comunicação Social pela UFMG com a tese "A estética do confinamento: o dispositivo no cinema contemporâneo". Atualmente Pesquisadora e Professora Visitante na University of Texas at Austin (RTF Departament, Communication College). Integra a equipe de editores da Revista Devires Cinema e Humanidades.

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Publicado

2011-07-07

Edição

Seção

Dossiê | Dossier