Fake News

risco para a democracia digital nas eleições presidenciais em 2022

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/ddem.v.3.n.15.72867

Palavras-chave:

Fake news, Democracia digital, Eleições 2022, Desinformação, Redes sociais

Resumo

O artigo apresenta uma análise crítica dos desafios enfrentados pela democracia digital nas eleições presidenciais brasileiras de 2022, com ênfase na crescente circulação de fake news e seus impactos negativos sobre o processo democrático. O objetivo central da pesquisa é explicar a relação perigosa entre a disseminação de notícias falsas no contexto eleitoral e a fragilidade da democracia digital, especialmente em um cenário influenciado pelas redes sociais. Para isso, a pesquisa baseou-se em referencial teórico consistente, abordando conceitos fundamentais sobre democracia, comunicação digital e desinformação. Além disso, procurou descrever os principais desafios da democracia digital na era da hiperconectividade, investigando de que forma as fake news impactaram a formação da opinião pública e influenciaram o comportamento eleitoral. O estudo utilizou o método hipotético-dedutivo, aliado à pesquisa bibliográfica temática, com análise de livros, artigos científicos e periódicos especializados, possibilitando uma reflexão crítica sobre o tema. Os resultados revelaram que a democracia digital brasileira ainda carece de mecanismos eficazes de proteção contra a desinformação, sendo necessário desenvolver estratégias tanto no âmbito individual quanto coletivo para combater esse fenômeno. Conclui-se que a propagação de fake news representa um grave risco para a consolidação da democracia digital, pois compromete a participação consciente e informada dos cidadãos e cidadãs, essenciais para a construção de uma sociedade democrática e plural. Assim, o estudo ressalta a urgência de políticas públicas e iniciativas educacionais voltadas ao fortalecimento da informação verificada e do pensamento crítico no ambiente digital.

Biografia do Autor

Eliana Maria de Souza Franco Teixeira, Universidade Federal do Pará - UFPA - Belém do Pará, PA

Doutora em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA - 2014). Possui Graduação (1997) e Mestrado em Direito pela Universidade da Amazônia (UNAMA - 2001). Atualmente é professora do Programa Acadêmico de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito (PPGD/ICJ/UFPA) e do Programa de Mestrado Profissional em Direito e Desenvolvimento na Amazônia (PPGDDA/ICJ/UFPA). É professora da graduação em Direito, de disciplinas conectadas aos Direitos Sociais, com destaque para o Direito da Seguridade Social. Exerceu as funções de Vice-Coordenação do Curso de Direito da Universidade da Amazônia (2003-2010), Coordenação de Ensino da FAD/ICJ/UFPA, Coordenação de Ensino, Pesquisa e Extensão do Instituto de Ciências Jurídicas (UFPA) e Vice-Diretora da Faculdade de Direito do ICJ/UFPA, além de Conselheira do Conselho da Faculdade de Direito, a qual foi eleita para o biênio 2025-2027 (ICJ/UFPA), Conselheira da Congregação do ICJ/UFPA e Conselheira Suplente do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão e do Conselho Universitário da Universidade Federal do Pará (2023-2025). Foi Professora do Programa de Mestrado Profissional em Gestão Pública do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (2019-2022). É Mediadora Judicial nomeada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, atuando no 7 CEJUSC, na Usina da Paz do Guamá. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Políticas Públicas, Democracia e Constitucionalismo, vinculado ao CNPq, que atua com pesquisadores da América Latina, a fim de refletir acerca do constitucionalismo na América Latina.

Rafaela Silva Brito, Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales - UCES - Buenos Aires, AR

Doutoranda em Direito Constitucional pela Universidade de Buenos Aires - UBA. Advogada, cientista política, pesquisadora, palestrante e professora atuante no Processo Legislativo, no Direito Internacional e Ambiental e nas Relações Internacionais. Mestra em Poder Legislativo pelo Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (CEFOR) da Câmara dos Deputados. Mestra em Estudos Ambientais pela "Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales"-UCES, em Buenos Aires, com diploma reconhecido pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Especialista em Relações Internacionais pelo Ibmec e pela Faculdade de Direito Damásio de Jesus. Membro do "Instituto de Ciências Jurídicas y Políticas- InCJyP (UCES)". Palestrante, com experiências e estudos realizados em universidades na Alemanha, Argentina, Chile, Equador, Estados Unidos, Irlanda, Itália, México, Panamá e Reino Unido. Vice-Presidente do IEDF (Instituto Brasileiro de Educação em Direitos e Fraternidade), 2020/2026. Professora do Curso de Ecologia Integral e Gestão Territorial, tutora do Curso de Lideranças Comunitárias e do Curso de Interculturalidade do Instituto Sophia para a América Latina e o Caribe (Sophia Alc). Voluntária no Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH). Facilitadora e Mentora na Escola Política Global: Uma Humanidade, Um Planeta. Mediadora e apresentadora do Programa do "Debate IEDF". Embaixadora Global da Uninter (Global Student Ambassadors), 2020/2021, mentorada por Jason Dyett (Diretor Executivo fundador do escritório da Universidade de Harvard no Brasil entre 2006-2016).

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Publicado

2025-12-22

Como Citar

Teixeira, E. M. de S. F., & Brito, R. S. (2025). Fake News: risco para a democracia digital nas eleições presidenciais em 2022. Direitos Democráticos & Estado Moderno, 3(15), 120–134. https://doi.org/10.23925/ddem.v.3.n.15.72867