The importance of social markers of difference for scientific research in law

Authors

  • Gisele Porto Barros Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/2526-6284/2023.v11n11.63362

Keywords:

Empirical research in Law. Social markers of difference. Domestic and family violence against women.

Abstract

The social markers of difference are not independent variables, but intertwine in such a way as to enable the configuration of social classification systems in which greater or lesser social inclusion/exclusion are produced. Thus, they must be understood as multidimensional realities that allow reflections on the production of difference and the analysis of social inequality. Consequently, we sought to establish the relationship between these markers and scientific research in Law, highlighting the importance of the respective study for the extraction of quantitative data, not as common to the legal field as qualitative data are. The aim was also to demonstrate that the subordination of women, verified in the remote and recent history of Brazil and the world, can be studied by analyzing these markers, especially in relation to domestic and family violence. To this end, a review of current and specialized literature from books, magazines, and scientific articles from indexed databases was carried out. Then, statistical data was collected and the markers social class, race, gender and sexuality were crossed in the study of the groups of women most commonly affected by this violence. As a result, it was found that the adoption of an intersectional dialogue through the application of social markers of difference can reduce the distance between Law and society. The relevance of empirical research for legal science was highlighted, and how it can contribute to the advancement of the protection of vulnerable subjects.

References

ANDRADE, Denise Almeida de; BERTOLIN, Patrícia Tuma Martins; BESSA, Leandro de Sousa. Pobreza multidimensional e encarceramento feminino: um círculo vicioso no contexto neoliberal. Revista de Direito Público, 2023. Disponível em: https://doi.org/10..11117/rdp.v19i104.6757. Acesso em: 2 de fevereiro de 2023.

ÁVILA, Thiago Pierobom de. O desenvolvimento da criminologia feminista no Brasil. Revista do Curso de Graduação em Direito da Unijuí, 2022. Disponível em: http://dx.doi.org/10.21527/2176-6622.2022.58.12057. Acesso em: 21 de fevereiro de 2023.

BARTLETT, Katharine T. Métodos jurídicos feministas. In: SEVERI, Fabiana Cristina; CASTILHO, Ela Wiecko Volkmer; MATOS, Myllena Calasans. Tecendo fios das críticas feministas ao Direito no Brasil II: direitos humanos das mulheres e violências. Ribeirão Preto: FDRP/USP, 2020, p. 239-360.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. 1. Fatos e mitos. 1949. 4ª edição. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BECHARA, Ana Elisa Liberatore Silva; FUZIGER, Rodrigo. Entre silêncios e dissonâncias: vulnerabilidade de gênero e Direito penal. Belo Horizonte: Delictae: Revista de estudos interdisciplinares sobre o delito, v. 5, n. 9, nov/2020, p. 81-139.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Tradução Maria Helena Kühner. 11ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu, v. 26, p. 329-376, jan/jun 2006. Disponível em: http://ref.scielo.org/pwgb5n. Acesso em 18 de março de 2023.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CAIRES, Luiza. Núcleo estuda marcadores sociais da diferença. Agência USP de Notícias, São Paulo, 8 de jan. de 2010. Disponível em: http://bit.ly/2DljLPI. Acesso em 20 de fevereiro de 2023.

CAMPOS, Carmen Hein de; SEVERI, Fabiana Cristina. Violência contra mulheres e a crítica jurídica feminista: breve análise da produção acadêmica brasileira. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, vol. 10, nº 02, 2019, p. 962-990. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rdp/a/GwYCCXKSyx7qQPFV9qxKTXf/abstract/?lang=pt Acesso em: 7 de março de 2023.

CARNEIRO, Sueli. Mulheres negras, violência e pobreza. In: SEVERI, Fabiana Cristina; CASTILHO, Ela Wiecko Volkmer; MATOS, Myllena Calasans. Tecendo fios das críticas feministas ao Direito no Brasil II: direitos humanos das mulheres e violências. Ribeirão Preto: FDRP/USP, 2020, p. 188-203.

CERQUEIRA, Daniel. Atlas da Violência. São Paulo: FBSP, 2021. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/12/atlas-violencia-2021-v7.pdf. Acesso em: 16 de maio de 2023.

COLLINS, Patricia Hill. Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness, and the Politics of Empowerment. New York: Routledge Classics, 1999.

_____________. The Social Construction of Black Feminist Thought. Signs, v. 14, p. 745-773, 1989. Disponível em: http://doi.org/10.2307/3174683. Acesso em 26 de março de 2023.

CRENSHAW, Kimberlé. Demarginalizing the intersection of race and sex: a blac feminist critique of antidiscrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. University of Chicago Legal Forum: vol. 1989, article 8. Disponível em: http://chicagounbound.uchicago.edu/uclf/vol1989/iss1/8. Acesso em: 5 de março de 2023.

_____________. Documento para o encontro de especialista em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos feministas. V. 171, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ref/v10n1/11636.pdf. Acesso em 26 de março de 2023.

CRUZ, Eliana Alves. Solitária. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

EPSTEIN, Lee; KING, Gary. Pesquisa empírica em Direito: as regras de inferência. São Paulo: Direito GV, 2013 (Coleção acadêmica livre. Livro eletrônico, 7mb; PDF. Título original: The rules of inference. Vários tradutores).

FRASER, Nancy. Scales of Justice: reimagining political space in a globalizing world. New York: Columbia University Press, 2010.

GAUDÊNCIO, Sale Mário; ALBUQUERQUE, Maria Elizabeth Baltar Carneiro de; CORTÊS, Gisele Rocha. Expandindo o cosmos da representação social do conhecimento por meio da categorização de marcadores sociais da diferença. Liinc Em Revista, 14(2), 2018. Disponível em: https://doi.org/10.18617/liinc.v14i2.4297. Acesso em: 21 de março de 2023.

GUIMARÃES, Cláudio Alberto Gabriel; LOBATO, Andrea Teresa Martins; COSTA, Monique Leray. Pesquisa empírica em direito e seus desafios no Brasil. In: Aspectos metodológicos da pesquisa em direito: fundamentos epistemológicos para o trabalho científico. GUIMARÃES; Cláudio Alberto Gabriel; TEIXEIRA, Márcio Aleandro Correia; FELGUEIRAS, Sergio Ricardo Costa Chagas; BRANCO, Thayara Silva Castelo (Orgs.). 1ª ed. São Luís: Grupo de Pesquisa Cultura, Direito e Sociedade (DGP/CNPq/UFMA) e Edufma, 2022, p. 88-112.

HARAWAY, Donna. “Gênero” para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. “Gender” for a Marxist Dictionary: the Sexual Politics of a Word. In: Simians, Cyborgs, and Women. The Reinvention of Nature. Londres, Free Association Books Ltd., 1991, capítulo 7, pp.127-148. (Tradução: Mariza Corrêa; Revisão: Iara Beleli). Cadernos Pagu (22) 2004: pp.201-246. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cpa/a/cVkRgkCBftnpY7qgHmzYCgd/?format=pdf. Acesso em: 13 de abril de 2023.

HARTMANN, Heidi I. The family as the locus of gender, class, and political struggle: the example of housework. Chicago: University of Chicago Press, 1981. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/3173752. Acesso em: 22 de abril de 2023.

HENNING, Carlos Eduardo. Interseccionalidade e pensamento feminista: as contribuições históricas e os debates contemporâneos acerca do entrelaçamento de marcadores sociais da diferença. Mediações – Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 20, n. 2, p. 97-128, 2015. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/22900. Acesso em: 25 de março de 2023.

HORTA, Ricardo de Lins; ALMEIDA, Vera Ribeiro de; CHILVARQUER, Marcelo. Avaliando o desenvolvimento da pesquisa empírica em direito no Brasil: o caso do Projeto Pensando o Direito. Revista de Estudos Empíricos em Direito, v. 1, n. 2, 2014. Disponível em: https://reedrevista.org/reed/article/view/40. Acesso em: 8 de março de 2023.

IGREJA, Rebecca Lemos. O Direito como objeto de estudo empírico: o uso de métodos qualitativos no âmbito da pesquisa empírica em Direito. In: Pesquisar empiricamente o direito. MACHADO, Maíra Rocha (Org.). São Paulo: Rede de Estudos Empíricos em Direito, 2017.

LERNER, G. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. Tad. Luiza Sellera. São Paulo: Cultrix, 2019.

LOPES, Tacyana Karoline Araújo; MACHADO, Silvia Batista Rocha; DURÃES, Ana Paula Souza. A necessidade de educação em gênero e interseccionalidades no sistema de justiça. Brasília: Revista Eletrônica do CNJ, v. 5, n. 2, jul./dez. 2021. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/ojs/index.php/revista-cnj/issue/view/8. Acesso em: 21 de abril de 2023.

MACKINNON, Catharine A. Feminism, marxism, method and the State: an agenda for theory. Signs 7 (3), 1982.

___________. Women’s lives, men’s laws. Cambridge: Belknap Press of Harvard University Press, 2007.

MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de metodologia da pesquisa no direito. 5ª edição. São Paulo: Saraiva, 2009.

MONTORO, André Franco. Introdução à ciência do direito. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.

PELÚCIO, Larissa. Marcadores sociais da diferença nas experiências travestis de enfrentamento à aids. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 76-85, 2011. Disponível em: http://ref.scielo.org/dgff54. Acesso em 15 de março de 2023.

SANTOS, Gislene Aparecida dos; MATOS, Camila Tavares de Moura Brasil. Desafios para a realização de pesquisas sobre racismo e discriminação racial: em busca de métodos, técnicas e epistemologias. In: BRAGA, Ana Gabriela Mendes; IGREJA, Rebecca Lemos; CAPPI, Riccardo (Orgs.). Pesquisar empiricamente o direito II: percursos metodológicos e horizontes de análise. São Paulo: Rede de Estudos Empíricos em Direito, 2022, p. 16-48.

SEVERI, Fabiana Cristina; LAURIS, Élida. E se os métodos feministas falassem: um debate epistemológico e metodológico sobre a pesquisa jurídica feminista no Brasil. In: BRAGA, Ana Gabriela Mendes; IGREJA, Rebecca Lemos; CAPPI, Riccardo (Orgs.). Pesquisar empiricamente o direito II: percursos metodológicos e horizontes de análise. São Paulo: Rede de Estudos Empíricos em Direito, 2022, p. 49-80.

SILVA, Fábio Sá e. Vetores, desafios e apostas possíveis na pesquisa empírica em direito no Brasil. Revista de Estudos Empíricos em Direito, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.19092/reed.v3il.95. Acesso em: 8 de março de 2023.

Published

2023-11-08