A questão da aparência em Hannah Arendt

Autores

  • Adriano Correia

DOI:

https://doi.org/10.23925/poliética.v1i1.15200

Palavras-chave:

Hannah Arendt, Nietzsche, Heidegger, crítica à metafísica, aparência

Resumo

Pretendemos acompanhar aqui o desmonte das categorias metafísicas iniciado por Nietzsche e que tem na obra A Vida do espírito de Hannah Arendt uma sequencia desse percurso. Referimo-nos aos movimentos da história da metafísica de Nietzsche para o qual além de se abolir o “mundo verdadeiro” a aparência deve também ser abolida. Se , porém para Heidegger a filosofia de Nietzsche é uma reação contra a metafísica, o que significa que para este Nietzsche não consegue libertar-se daquilo que motivou seu movimento, pode-se dizer que o fim da metafísica iniciado por Nietzsche teve profundas consequências para a filosofia e alterou profundamente seu modo de proceder. Tais consequências são analisadas aqui recorrendo-se á leitura de Heidegger, para quem a denegação nietzscheana do platonismo é positiva.Para este autor, no entanto, não se pode considerar que a compreensão de toda interpretação do mundo se reduza a uma perspectiva. Mostramos então que Hannah Arendt , por sua vez, apesar de concordar com Heidegger acerca da relação entre ser e aparência , afirma que a existência autêntica do indivíduo se dá na relação com os outros, o que significa que para Arendt a aparência tem um significado positivo, pois é nela que se dá a autenticidade.

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