Injustiça e poder segundo Noam Chomsky

Autores

  • Ricardo Monteagudo

DOI:

https://doi.org/10.23925/poliética.v1i1.15212

Palavras-chave:

injustiça, poder, guerra justa, política

Resumo

No início da Política, Aristóteles estabelece as duas menores formas de sociabilidade: a relação do homem com a mulher e do senhor com o escravo. Neste contexto, observa que “helenos são senhores naturais de bárbaros” e o motivo é que os gregos conhecem a Filosofia e os bárbaros ainda recorrem à violência (ARISTÓTELES, Política, 1252 a). Pouco depois define a “guerra justa” como uma guerra que tem um motivo justo, isto é, o que é bem justificado pela Filosofia ou por um discurso justo (ARISTÓTELES, Política, 1252 a). Este quadro exprime brevemente a maneira pela qual os EUA entendem seu papel no mundo contemporâneo. Chomsky aponta o uso político da enorme força militar de seu país e denuncia como isto se articula internamente e externamente.Afirma que a política está excessivamente submetida à “ideologia”, à doxa, ao contrário das ciências naturais. Sua militância assim defende apenas a liberdade e o direito irrestrito à informação. Em Camelot, os anos Kennedy (de 1993), por exemplo, o professor do MIT recolhe informações de discursos de congressistas e de membros do governo e de documentos então secretos tornados públicos e explicita os métodos e as ações do governo estadunidense. Pode com isso concluir que os EUA têm por razões históricas uma postura interna contrária ao que defendem ou impõem a outros países. Poder e justiça de um lado, força e injustiça de outro – segundo o discurso de seus próprios políticos.

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